A pandemia trouxe mudanças no comportamento, na rotina e nos hábitos do consumidor brasileiro
Aconteceu ontem (15), o evento “O consumidor brasileiro de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos durante a pandemia”, organizado pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) em parceria com a Mintel.
O evento contou com a apresentação da analista sênior de beleza e cuidados pessoais da Mintel, Amanda Caridad, que falou sobre o cenário atual deste mercado, destacando as oportunidades e tendências em meio às limitações impostas pela Covid-19. “Devido a vacinação, deve haver uma abertura do mercado e consequentemente um aumento no consumo de produtos de beleza que consumidor deixou de comprar no início da pandemia. Porém, ele buscara por produtos mais baratos, ou que sejam um pouco mais caros, mas que tenham mais valor agregado. Já a longo prazo, o consumo dos produtos de beleza deve voltar aos níveis de pre pandemia, e junto com eles, algumas tendências que eram fortes antes da pandemia, como sustentabilidade, inovações em tecnologia, transparência e segurança nos ingredientes dos produtos”, explica Amanda.
Rotina do consumidor
Além disso, houveram mudanças no comportamento, na rotina e nos hábitos do consumidor brasileiro durante o período. “Houve uma redução na compra e no consumo de algumas categorias de beleza, como itens de maquiagem e esmaltes. Na contramão houve um aumento na busca por produtos de limpeza para casa e corporal”, explica Amanda.
Um dos tópicos que continua em alta e que foi impulsionado com a chegada da Covid foi a busca por bem-estar. “A tecnologia com a inteligência artificial, realidade aumentada, utilização de tecnologia para que o consumidor não toque nos produtos ou na hora do pagamento são soluções encontradas pela indústria para entregar algum tipo de produto ou solucionar algum tipo de problema. Assim, a tecnologia afeta a experiência que consumidor tem com a marca”, explica Amanda.
Outro tema importante para a indústria é trazer atributos que justifiquem o consumo daquele produto. “Durante as pesquisas vimos que no brasil 23% dos consumidores passaram a comprar produtos de cabelo mais caros como uma maneira de terem os resultados do salão em casa. Além disso, a quantidade de vezes que o brasileiro lavou o cabelo na pandemia cresceu”, conta a analista da Mintel.
Brasileiro também passou a usar menos maquiagem e 21% pretendem continuar assim. Já na categoria de skincare, 31% buscou simplificar a rotina. “Por isso, é importante pensar em produtos que sejam convenientes e que proporcionem uma rotina mais básica, como, por exemplo, os que combinam duas funcionalidades”, explica Amanda.
Fonte: Guia da Farmácia