4 curiosidades sobre o sabonete antibacteriano e comum

Você sabia que o sabonete antibacteriano também combate vírus? E que espuma nem sempre é garantia de limpeza?

Ele é a estrela do banheiro e nos acompanha diariamente, da chuveirada rápida para começar o dia ao banho relaxante antes de nos atirarmos na cama à noite. Em tempos de Covid-19, sua importância no nosso dia a dia ficou ainda mais evidente. Afinal, é ele, o sabonete, um dos principais aliados na higiene das mãos para evitar o contágio pelo vírus. Pois, saiba que, por trás do sabonete neutro que repousa no seu lavabo, há mais de 2 600 anos de história. Criado pelos fenícios, esse artigo de higiene indispensável evoluiu até os mais modernos sabonete antisséptico e antibacterianos disponíveis no mercado hoje. Confira algumas curiosidades sobre ele.

Foi inventado há mais de 2 600 anos

É claro que não estamos falando do sabonete como conhecemos hoje, mas o tataravô do produto que usamos todos os dias foi criado pelos fenícios, 600 anos antes de Cristo. Tudo indica que eles descobriram que, ao misturar gordura de cabra fervida em água com cinzas de madeira, obtinham uma pasta capaz de remover sujeiras. A versão sólida teria surgido apenas no século 7, quando os árabes inventaram um processo de saponificação, usando gordura animal, soda cáustica e óleos naturais. E, se hoje podemos tomar um banho relaxante e perfumado, parte disso se deve também aos espanhóis, que adicionaram azeite de oliva à invenção para deixá-la mais cheirosa. Pulando para o século 19, o surgimento dos sabonetes industrializados teve grande impacto na saúde pública de países europeus assolados por surtos de cólera. Naquela época, o banho diário ainda não era um hábito tão difundido, e o sabonete era receitado como tratamento medicinal para problemas de pele como acne e micose.

A versão em barra é a preferida do brasileiro

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), os sabonetes em barra responderam por 78,5% do total de vendas dessa categoria no ano passado. E olha que estamos falando de um mercado gigantesco: o Brasil é o quarto maior mercado consumidor de produtos de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (ficamos atrás apenas de Estados Unidos, China e Japão). Mas nem tudo está perdido para as versões líquidas do produto. Segundo a associação, no primeiro bimestre deste ano, elas tiveram um crescimento de 2,5% em volume. Outro dado interessante é que cada brasileiro consome, em média, um sabonete por mês – o que provavelmente deve mudar em tempos de pandemia…

Sabonete antibacteriano não mata apenas bactérias

Apesar do que o nome sugere, esse tipo de produto também é eficaz na eliminação de outros microrganismos, como os vírus – responsáveis por doenças como a gripe e a Covid-19. É que os sabonetes agem capturando gordura e outras sujeiras presentes na nossa pele. E alguns vírus são revestidos por uma espécie de envelope de proteínas e lipídios (o nome técnico da gordura) que o ajuda a se fixar nas células humanas e, assim, se multiplicar. Ou seja, ao lavarmos as mãos, o sabonete destrói essa proteção e, consequentemente, mata o vírus. No caso do sabonete antibacteriano, essa eficácia é ainda maior, chegando a 99,99% para alguns micróbios.

Espuma não é sinônimo de limpeza

Pra muita gente, banho sem bolhas de sabão flutuando por todo o banheiro não vale. Especialmente para nós, brasileiros, quanto mais espuma um xampu ou um sabonete fizerem, melhor. Mas saiba que a limpeza da pele e dos cabelos depende muito mais dos ingredientes ativos do produto do que da quantidade de bolhas que ele forma. A título de curiosidade, um componente bastante comum na fórmula de sabonetes é o lauril sulfato de sódio (ou SLS, da sigla em inglês para sodium lauryl sulfate), um sal que, além de propriedades detergentes que removem o excesso de sebo da pele com sucesso, também permite a formação da tão apreciada espuma embaixo do chuveiro.

Fonte: M de Mulher

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