Publicado Por: Mariana Riscala
Foto: Marcelo Camargo/ABr
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que o Senado complica o que deveria simplificar e estimula a guerra fiscal. Ele reuniu lideranças políticas, empresariais e de trabalhadores nesta segunda-feira para discutir o problema.
Alckmin lembra que o país lutava para reduzir as alíquotas do ICMS de 12% e 7% para a alíquota única de 4%. O governador salientou que o projeto de simplificação tributária foi alterado com o surgimento de alíquotas de 4% e
7%.
Ele acrescentou que a guerra fiscal mostrou os dentes com a criação de outra alíquota, agora de 12%. Questionado pelo repórter Daniel Lian, Geraldo Alckmin classificou como “esdrúxula” a Resolução discutida no Senado.
O senador petista Eduardo Suplicy condena, também, a tentativa de mudança nas regras de decisões do Confaz. Ele trata como erro qualquer tentativa de se desenvolver o país à custa do empobrecimento de São Paulo.
O secretário da Nova Central, Nailton Francisco de Souza, salienta que estão em jogo milhões de empregos na reunião de hoje no Senado. Ele explica que a legislação tributária mal feita precarizará a mão de obra no país.
O relator da MP da desoneração da cesta básica, Edinho Araújo, condena a elaboração de legislação excludente no Senado. Para o deputado peemedebista, é precipitação dos senadores o atropelo a MP em discussão na Câmara.
A política paulista usará vários instrumentos para criar obstáculos à proposta do Senado, adianta o Secretário de Planejamento do Estado. Júlio Semeghini adverte para as ameaças de desestruturação de várias cadeias produtivas no Sudeste e Sul do país.
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado agendou a reunião para aprovação de destaques a partir das 22h de hoje. Desde a noite de segunda-feira, são intensas as negociações para se impedir que o Senado piore ainda mais a péssima legislação tributária do Brasil.