Pelo menos três gargalos infraestruturais desafiam o desenvolvimento do Polo Petroquímico de Camaçari: a melhoria das rodovias federais BR-324 e BR-101, a adequação e expansão da capacidade dos portos de Salvador e Aratu e a reativação e modernização dos ramais ferroviários. “Estes são os pontos mais críticos e precisam ser superados com certa urgência”, diz Marcelo Cerqueira, presidente do Cofic, entidade que congrega mais de 60 empresas associadas ao polo.
O especialista Adary Oliveira, doutor em planejamento territorial e presidente da Fundação Imic, aponta mais um: “É preciso revisar o custo de energia, principalmente do gás, que chega a custar à indústria baiana US$ 17 por milhão de BTU, enquanto nos Estados Unidos não passa de US$ 3 por milhão de BTU. Em São Paulo importa-se gás da Bolívia por menos.” Recursos financeiros para resolver esses problemas não faltam. O Ministério dos Transportes já anunciou investimentos de R$ 5 bilhões nos próximos cinco anos na melhoria da infraestrutura logística da Bahia. O pacote inclui a Fiol e a Ferrovia de Camaçari, que liga o Polo Petroquímico ao Porto de Aratu. As duas estradas federais estão no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, que prevê R$ 42 bilhões para a abertura e recuperação de 7,5 mil quilômetros de rodovias do país. Nos últimos três anos, de acordo com a Codeba, os portos de Salvador e Aratu receberam R$ 300 milhões em investimentos na ampliação e modernização da infraestrutura e nos processos de operação. No Porto de Salvador foram investidos R$ 55 milhões em obra de dragagem de aprofundamento do canal para 15 metros e R$ 160 milhões em novos equipamentos para o terminal de contêineres. Até o ano que vem, a empresa deve concluir um programa de investimento de R$ 360 milhões no Porto de Aratu. (Veja a matéria no site – Fonte: Valor Econômico)