Mercosul trabalha por proposta única para UE, diz RamalhoMercosul trabalha por proposta única para UE, diz Ramalho



Apesar das possibilidades de um atraso na harmonização de propostas entre os países membros do Mercosul para a negociação com a União Europeia, o alto representante do Mercosul, o brasileiro Ivan Ramalho, disse não acreditar na necessidade do bloco sul-americano levar aos europeus uma proposta de velocidade variada de liberalização comercial. “O que existe de concreto hoje é que a negociação continua sendo em bloco”, disse, ao Valor PRO, o serviço de informação em tempo real do Valor, durante o Encontro Nacional de Comércio Exterior 2013 (Enaex), no Rio. “É evidente que se não houver um acordo, se não houver consenso, é natural que os negociadores possam estudar outras alternativas”, reconheceu. Dizendo-se otimista, Ramalho afirmou que ainda é possível que a negociação interna dos países do Mercosul leve a uma proposta consensual até o fim do ano.

No cronograma original, os países do bloco devem concluir em setembro suas listas de produtos a serem harmonizadas com os vizinhos. Um possível atraso pode vir da Venezuela. O novo membro ainda não aderiu completamente à TEC. O embaixador José Ferreira Simões, subsecretário-geral do Itamaraty para a América do Sul, Central e do Caribe, também aposta no cumprimento do cronograma. Ramalho frisou que todos os países do Mercosul ainda estão elaborando suas listas de produtos a serem discutidas. “Depois de prontas, elas terão que ser harmonizadas, mas naturalmente alguns poderão pedir exclusões ou inclusões de produtos antes de uma lista final ser levada à União Europeia”, explicou. Segundo ele, o risco de intenções protecionistas atrapalharem a negociação entre os dois blocos não ocorre apenas do lado sul-americano. “Se esse acordo não andou até hoje não foi só por causa do Mercosul, mas porque a União Europeia, todos sabem, tem também preocupações defensivas muito grandes na área agrícola”, disse. Ramalho defendeu que o Brasil continue dando prioridade ao bloco nas suas relações comerciais, pois a qualidade da pauta de exportação tem sido mantida. No primeiro semestre deste ano, as exportações brasileiras para os países do Mercosul cresceram 4,4%. A diferença entre as vendas para o Mercosul e os outros grandes parceiros comerciais do Brasil é a qualidade da pauta de exportações. Cerca de 90% das exportações brasileiras aos países membros do bloco são produtos manufaturados, com alto valor agregado. “O Mercosul não é parte do problema que o Brasil enfrenta hoje no seu comércio exterior, tem sido, pelo contrário, um atenuante”, disse. Ele frisou que ainda que hajam desencontros no comércio com a Argentina, o país continua sendo o grande comprador de produtos manufaturados do Brasil. (Veja a matéria no site – Fonte: Valor Econômico)



Apesar das possibilidades de um atraso na harmonização de propostas entre os países membros do Mercosul para a negociação com a União Europeia, o alto representante do Mercosul, o brasileiro Ivan Ramalho, disse não acreditar na necessidade do bloco sul-americano levar aos europeus uma proposta de velocidade variada de liberalização comercial. “O que existe de concreto hoje é que a negociação continua sendo em bloco”, disse, ao Valor PRO, o serviço de informação em tempo real do Valor, durante o Encontro Nacional de Comércio Exterior 2013 (Enaex), no Rio. “É evidente que se não houver um acordo, se não houver consenso, é natural que os negociadores possam estudar outras alternativas”, reconheceu. Dizendo-se otimista, Ramalho afirmou que ainda é possível que a negociação interna dos países do Mercosul leve a uma proposta consensual até o fim do ano.

No cronograma original, os países do bloco devem concluir em setembro suas listas de produtos a serem harmonizadas com os vizinhos. Um possível atraso pode vir da Venezuela. O novo membro ainda não aderiu completamente à TEC. O embaixador José Ferreira Simões, subsecretário-geral do Itamaraty para a América do Sul, Central e do Caribe, também aposta no cumprimento do cronograma. Ramalho frisou que todos os países do Mercosul ainda estão elaborando suas listas de produtos a serem discutidas. “Depois de prontas, elas terão que ser harmonizadas, mas naturalmente alguns poderão pedir exclusões ou inclusões de produtos antes de uma lista final ser levada à União Europeia”, explicou. Segundo ele, o risco de intenções protecionistas atrapalharem a negociação entre os dois blocos não ocorre apenas do lado sul-americano. “Se esse acordo não andou até hoje não foi só por causa do Mercosul, mas porque a União Europeia, todos sabem, tem também preocupações defensivas muito grandes na área agrícola”, disse. Ramalho defendeu que o Brasil continue dando prioridade ao bloco nas suas relações comerciais, pois a qualidade da pauta de exportação tem sido mantida. No primeiro semestre deste ano, as exportações brasileiras para os países do Mercosul cresceram 4,4%. A diferença entre as vendas para o Mercosul e os outros grandes parceiros comerciais do Brasil é a qualidade da pauta de exportações. Cerca de 90% das exportações brasileiras aos países membros do bloco são produtos manufaturados, com alto valor agregado. “O Mercosul não é parte do problema que o Brasil enfrenta hoje no seu comércio exterior, tem sido, pelo contrário, um atenuante”, disse. Ele frisou que ainda que hajam desencontros no comércio com a Argentina, o país continua sendo o grande comprador de produtos manufaturados do Brasil. (Veja a matéria no site – Fonte: Valor Econômico)



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