Inflação da baixa renda abranda em junho para 0,35%



A inflação da cesta de produtos e serviços mais consumidos pelas famílias de baixa renda desacelerou em junho, para 0,35%, após marcar 0,58% um mês antes.

Com o resultado, o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), medido pela Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), acumulou alta de 4,05%, no ano e avançou 6,02% nos últimos 12 meses.

O indicador, que mede a inflação das famílias com renda até 2,5 salários mínimos, ficou ligeiramente acima da inflação geral, medida pelo IPC-BR, que foi de 0,33% em junho.

No acumulado nos últimos 12 meses, porém, a inflação das famílias de baixa renda ficou menor que os 6,55% registrados pelo IPC-BR.

De acordo com a FGV, cinco das oito classes de despesa que compõem o IPC-C1 desaceleraram em junho.

O destaque neste sentido ficou com Transportes que, puxado pelos preços de tarifas de ônibus, deixou uma alta de 0,58% para queda de 0,09%. As passagens de ônibus urbano no período passaram de aumento de 0,81% para decréscimo de 0,22%.

Também contribuíram para o alívio no IPC-C1 o comportamento dos grupos Alimentação, que reduziu a alta de 0,27% para 0,08% entre maio e junho, e Habitação, que foi de 0,84% para 0,61% de aumento.

Da mesma forma, com taxas positivas menores, apareceram Saúde e Cuidados Pessoais (0,94% para 0,56%) e Despesas Diversas (0,77% para 0,27%).

Em contrapartida, exerceram pressão no IPC-C1 Vestuário (0,46% para 0,74%), Educação, leitura e recreação (0,69% para 0,94%) e Comunicação (0,06% para 0,37%).

Individualmente, os produtos alimentícios foram os que mais contribuíram para o abrandamento da inflação em junho. A batata-inglesa lidera a lista, com queda de 12,16% no período, seguida pelo tomate (-9,49%) e pela cebola (-8,11%).

Em sentido contrário, as principais influências positivas foram refeições em bares e restaurantes (0,89%), taxa de água e esgoto residencial (1,50%) e aluguel residencial (0,62%).

Fonte: Folha

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