Taxa de desemprego no país no 2º trimestre cai e fica em 6,8%, diz IBGE



SAMANTHA LIMA

A taxa de desemprego no país no segundo trimestre deste ano ficou em 6,8%, percentual inferior ao registrado no primeiro trimestre, de 7,1%, divulgou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na manhã desta quinta-feira (6).

A taxa também é inferior à do mesmo período do ano passado, quando alcançou 7,4%.

A informação consta da Pnad Contínua, pesquisa do IBGE em nível nacional sobre o mercado de trabalho. Até a criação deste levantamento, em 2012, a abrangência do indicador de emprego do instituto era de seis regiões metropolitanas do país. O novo levantamento, portanto, é mais abrangente.

O resultado interrompe a tendência de aumento do desemprego, que teve um pico no segundo trimestre do ano passado, caiu nos dois trimestres seguintes e voltou a subir nos três primeiros meses de 2014.

DESEMPREGADOS

O contingente de desempregados no país somou 6,8 milhões, 3% inferior ao verificado nos três primeiros meses deste ano, quando era de 7 milhões e 7% menor do que o registrado em igual período de 2013.

Em termos regionais, o maior contingente de desempregados na população é verificado no Nordeste: 8,8%, e a menor, no Sul, 4,4%. No Sudeste, 6,9% estão desocupados; no Centro-Oeste, são 5,6%; e no Norte, 7,2%.

Já o total de ocupados atingiu 92,1 milhões, volume superior ao primeiro trimestre do ano, quando foi de 91,2 milhões. No mesmo período do ano passado o total era de 90,3 milhões.

A formalização no mercado de trabalho também mostrou melhora. O percentual de trabalhadores com carteira assinada subiu do patamar de 77,7%, no primeiro trimestre, para 78,1%.

FORA DO MERCADO

Em todo o país, 38,9% das pessoas com idade para trabalhar estão fora do mercado de trabalho, ou seja, não têm ocupação nem estão em busca de emprego.

Das cinco regiões, esse contingente é maior no Nordeste, onde 43,1% da população com idade para trabalhar estão fora da força de trabalho, acima da média nacional.

Depois do Nordeste, os maiores níveis são verificados, por ordem, no Norte, com 38,7%; no Sudeste, com 37,9%; no Sul, com 36,2%, e no Centro-Oeste, com 34,8%.

ATRASO

Os resultados da Pnad Contínua do 2° trimestre saem com quase três meses de atraso. Servidores do IBGE fizeram uma greve de 77 dias, entre maio e agosto, pedindo aumento salarial, reposição de trabalhadores aposentados, classificação do instituto como órgão de estado e maior autonomia técnica.

A greve desencadeou uma crise no instituto.

Como consequência, os dados da pesquisa do terceiro trimestre também deverão sair com atraso.

Fonte: Folha/ UOL

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