OCDE revela que executivos de alto escalão autorizaram o pagamento de propina em 53% dos casos analisados.
O que houve?
Foi divulgado hoje (02/12), em Paris, o primeiro Relatório de Corrupção Internacional da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
O estudo analisou 427 escândalos internacionais de corrupção desde 1999, em 41 países signatários da Convenção para o Combate à Corrupção, entre eles o Brasil.
Destaques:
- 53% dos casos de corrupção, diretores, gestores ou CEOs de empresas autorizaram o pagamento de suborno a autoridades públicas.
- A extração de riquezas naturais é o setor da economia com o maior número de casos, cerca de 19%.
- 57% dos casos, o suborno foi pago para conseguir a aprovação de projetos e contratos pelos governos.
- 33% das denúncias surgiram a partir de delatores. 13% dos casos surgiram de investigações policiais. A imprensa originou 5% das denúncias.
- Os funcionários de empresas controladas pelo estado foram os que mais receberam subornos. Totalizam 27% dos corruptos.
- Em média, os valores desviados correspondem a 10,9% do total do negócio e 34,5% dos lucros.
- No mundo todo, os processos envolvendo corrupção internacional levam em média pouco mais de sete anos para serem concluídos.
- Entre os 427 casos analisados, 261 terminaram com a penalização de empresas e indivíduos com multas, em 82 casos houve confisco de propriedade e 80 pessoas foram presas.
Integra do estudo da OCDE
http://www.oecd.org/corruption/oecd-foreign-bribery-report-9789264226616-en.htm
Fonte: Patri Políticas Públicas