Brasil fecha 2.415 vagas em fevereiro, pior saldo para o mês desde 1999



O Brasil perdeu 2.415 vagas com carteira assinada em fevereiro, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira (18).

É o pior saldo para fevereiro desde 1999, quando foram cortadas 78.030 vagas.

O número se refere ao saldo entre vagas formais abertas e vagas formais fechadas.

No mês, houve encolhimento de 0,01% do total de empregados com carteira assinada. Foram 1.646.703 admissões e 1.649.118 demissões.

A perda de vagas é muito inferior à registrada em janeiro, quando foram cortados 81.774 postos de trabalho.

Porém, pesquisa da agência de notícias Reuters feita com analistas mostrou que a expectativa era de abertura de 20 mil empregos em fevereiro.

Considerando o período de um ano, entre março de 2014 e fevereiro de 2015, o Brasil perdeu 47.228 vagas com carteira assinada.

Proporcionalmente, os maiores cortes de empregos formais no mês ocorreram na construção civil (-0,85%), na agropecuária (-0,61%) e no setor extrativo mineral (-0,57%).

Só criaram vagas a administração pública, com aumento de 1,18% nos empregos formais, o setor de serviços, 0,3% maior, e a indústria da transformação, com crescimento de 0,02%.

O fechamento de vagas com carteira assinada foi pior no Rio de Janeiro, onde foram cortados 11.101 postos de trabalho. Em seguida, vêm Pernambuco, com eliminação de 10.660 vagas, e Bahia, com menos 6.800 empregos.

Por outro lado, os Estados com maior criação de vagas foram Santa Catarina (12.108), Paraná (8.574) e São Paulo (6.149).

Taxa de desemprego subiu

Informações da última Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que a taxa de desemprego no Brasil, no trimestre que terminou em janeiro, foi de 6,8%.

A taxa se refere tanto a empregados com carteira assinada quanto empregados informais.

Ela apresenta aumento em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a taxa foi de 6,4%.

O desemprego também é maior na comparação com o trimestre encerrado em outubro, quando o nível foi de 6,6%.

Fonte: UOL

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