Vendas no varejo recuam pelo terceiro mês consecutivo



Por Robson Sales

O volume de vendas no varejo caiu 0,4% em abril, na comparação com março, já descontados os efeitos sazonais, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o terceiro recuo mensal consecutivo. Além disso, o recuo é o maior para abril desde 2001 e coincide com a baixa apurada no quarto mês de 2003.

O resultado ficou abaixo da média estimada pelo Valor Data, de alta de 0,5%, apurada junto a 17 instituições financeiras e consultorias. O intervalo das projeções foi de queda de 0,5% até avanço de 1,4%.

Houve quedas expressivas em segmentos como tecidos, vestuário e calçados (­3,8%), móveis e eletrodomésticos (­3,1%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (­12,2%), artigos de uso pessoal e doméstico (­5,1%). As vendas de super e hipermercados, no entanto, aumentaram 1,9%, depois da queda de 2,2% em fevereiro.

Na comparação com abril de 2014, o volume de vendas do varejo recuou 3,5%. A média estimada pelo Valor Data nesse confronto foi de queda de 1,9%. Esse recuo na comparação anual é o maior desde agosto de 2003, quando foi de 5,7%.

No ano, as vendas varejistas diminuíram 1,5%. Nos últimos 12 meses, tiveram alta de 0,2%.

A receita nominal do varejo, por sua vez, subiu 0,3% em abril, já descontados os efeitos sazonais. Na comparação com abril de 2014, houve alta de 2,5%. No ano, a receita nominal avançou 4,7% e, no acumulado de 12 meses, teve elevação de 6,4%.

No varejo ampliado, que inclui veículos e motos, partes e peças, e material de construção, o volume de vendas diminuiu 0,3% em abril, já descontados os efeitos sazonais. O mercado esperava recuo de 0,5%. Ante o quarto mês de 2014, o recuo foi de 8,5%. No ano, as vendas do ampliado cederam 6,1% e, em 12 meses, declinaram 4,1%.

Já a receita nominal do varejo ampliado subiu 0,3% em abril, após perda de 1,5% em março. Em relação a abril de 2014, a receita apresentou recuo de 2,7%. No ano, a receita do ampliado encolheu 0,3% e, em 12 meses, registrou elevação de 1,6%.

(Robson Sales | Valor)

Fonte: Valor

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