[:pt]Indústria da beleza tem primeira queda de vendas em mais de 20 anos[:]

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 Fonte: Bom Dia Brasil (TV Globo) – Clique aqui e confira a reportagem.

A indústria de cosméticos, perfumaria e artigos de higiene teve a primeira queda nas vendas em mais de 20 anos. O setor da beleza é conhecido por não se abalar com a instabilidade na economia, mas nem ele resistiu à crise do ano passado.

Vários fatores influenciaram. Até a falta de água nas grandes cidades. As pessoas tomam banho mais rápido, por exemplo, e acabam usando menos produtos.

Um setor que sempre voou nas alturas, à prova de turbulência, durante os altos e baixos da economia. Pelo menos até o ano passado.

Basta ir a uma loja para a gente perceber que, mesmo em épocas de crise, ninguém deixa de cuidar do corpo e do visual. Mas alguns hábitos do consumidor mudam e acabam afetando os negócios ligados à área de higiene pessoal e da beleza.

A indústria de higiene, cosméticos e perfumaria, que nos últimos 23 anos vinha crescendo em média 13% ao ano, fechou 2015 no negativo: queda de 6% no faturamento.

O presidente executivo da Associação das Indústrias acredita que são vários motivos para o tombo: alta do dólar, aumento de impostos, a insegurança provocada pela crise e até a falta de água.

“Os banhos estão mais curtos por necessidade, as pessoas estão pondo timer para tomar banho, porque, para controlar a água, para controlar conta de energia; então você não fica debaixo d’água parado. Você sempre fica ou passando um sabonete ou lavando cabelo, tudo isso ficou mais curto, tudo isso é consumo menor”, afirma João Carlos Basilio.

Alguns produtos de higiene, mais essenciais, tiveram até uma alta. “Infelizmente tem produtos que a gente não pode abrir mão de usar. Desodorante, produtos de higiene, de limpeza, barbear, fundamental”, diz o médico Roberto Marco.

As vendas de desodorante subiram 7%; de escova de dentes, 4%, e de pasta de dentes 2%. Mas a procura por perfumaria e cosméticos despencou: menos 26% nas vendas de produtos para alisar ou enrolar o cabelo; menos 22% nas de gel e fixador e queda de 15% nos esmaltes.

O que a gente mais vê é consumidor pensando bem antes de comprar. “Produtos de beleza, para cabelo, sempre gostei de usar uns mais caros, hoje em dia estou experimentando os mais baratos também para ver se faz o mesmo efeito, para economizar”, conta a universitária Larissa Voltareli.

Outro dado muito preocupante da indústria de cosméticos: os empregos diretos caíram 2% nos últimos doze meses.

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