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Levantamento realizado pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) aponta a primeira retração do setor em 23 anos. As vendas, que já vinham desacelerando gradativamente ao longo do ano, chegaram a 6% de queda real em relação ao ano anterior.
Segundo João Carlos Basilio, presidente executivo da ABIHPEC, “o resultado negativo foi impulsionado essencialmente pela alta carga tributária, o cenário político econômico instável, a crise hídrica e a consequente mudança de hábitos do consumidor”.
Empregos
O setor manteve estabilidade nos primeiros cinco meses do ano. Porém, com a queda no faturamento motivada por aumento de carga tributária no IPI, registrou-se uma redução no emprego direto a partir de junho de 2015, fechando o ano com queda de 2%. Importante ressaltar que de 2011 a 2014 o crescimento no emprego direto foi de 8,3% em 2011, 1,6% em 2012, 2,6% em 2013 e 2,2% em 2014.
Perspectivas
Para 2016, Basilio prevê um cenário bastante difícil. “O aumento do IPI em 2015 começou a impactar o bolso do consumidor a partir de maio e será ainda mais intenso neste ano”.
Além disso, itens essenciais para manutenção da saúde e bem-estar do consumidor sofrerão com o aumento da carga tributária em 2016, em boa parte dos estados. “No Paraná, por exemplo, haverá um aumento da carga tributária de 108% para protetor solar. Em Minas Gerais, de 125% para creme dental e de 50% para itens básicos como sabonete e papel higiênico”, finaliza.
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