Mercado árabe compra mais cosméticos brasileiros

São Paulo – As exportações de cosméticos aos países árabes aumentaram no ano passado em comparação com 2014. De acordo com dados do projeto Beautycare Brazil, que promove os produtos do setor no exterior, as vendas aos países árabes passaram de US$ 5 milhões. Em 2014, foram exportados US$ 4,3 milhões pelas empresas apoiadas pelo projeto, realizado em parceria entre a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

No ano passado, todos os exportadores participantes do Beautycare venderam US$ 162,6 milhões para 97 destinos. As remessas para os países árabes corresponderam a 3,3% do total. Em 2014, as exportações no total somaram US$ 183,2 milhões e as vendas aos árabes corresponderam a 2,5% do total.

Entre os compradores do Oriente Médio e do Norte da África, os Emirados Árabes Unidos foram no ano passado os principais clientes, importaram 40% do total. O país é um dos mercados-alvo do projeto. É lá que é realizada a feira Beauty World Middle East. A edição deste ano, entre 15 e 17 de maio, terá 23 empresas brasileiras. Além de conquistar os clientes locais, a mostra oferece a oportunidade de alcançar compradores de outros países. Além dos Emirados Árabes, os produtos das empresas apoiadas pelo projeto chegam à Arábia Saudita, Egito, Marrocos, Líbano, Líbia, Tunísia, Catar, Kuwait, Jordânia, Argélia, Iraque e Bahrein.

“A participação das vendas aos países árabes ainda é pequena, mas está crescendo. Além disso, a qualidade dos produtos (brasileiros) é diferente, a indústria de cabelos do Brasil dita as tendências. Aqui tem muita diversidade e é onde se desenvolvem produtos”, disse Gueisa Silvério, gerente do projeto Beautycare Brazil. Fragrâncias, protetores solares e maquiagens têm ampliado as exportações, porém o “carro chefe” das exportações são os produtos capilares, diz Gueisa. Os principais destinos das vendas brasileiras são países da América Latina.

A executiva afirma que com a valorização do dólar em relação ao real e com as dificuldades da economia brasileira, aumentou a quantidade de empresas que procuram o projeto Beautycare para exportar. Gueisa observa que, além das oportunidades, há desafios. Além do processo de internacionalização, as empresas deste setor se deparam, em muitos casos, com a necessidade de adaptar seu produto aos mercados compradores. No caso dos árabes, há nações que não aceitam produtos que levam álcool em sua fórmula. Eventualmente, uma venda demora um ano para ser efetivada, pois os produtos precisam ser aprovados pelos governos importadores.

Fonte: Anba 

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