Além da textura e concentração da substância, é importante verificar as informações no rótulo na hora da compra; se a embalagem não traz as especificações do produto, desconfie
Com a pandemia da Covid-19, as pessoas tiveram que reforçar os hábitos de higiene. As vendas de álcool em gel, no Brasil, aumentaram mais de 1.000% de janeiro a outubro do ano passado, em comparação com 2019. O maior crescimento registrado na história do setor, segundo o levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. Além do gel, é comum encontrar o álcool na forma líquida também sendo usado na higienização das mãos. Mas será que ambos têm a mesma eficácia? Segundo o Conselho Federal de Química, o que vai garantir a eliminação de fungos, bactérias e vírus não é a textura do produto, e, sim, a concentração. O álcool 70% é o mais indicado como desinfetante de superfícies e objetos e antisséptico de pele. Porém, a versão em gel é mais recomendada para limpeza das mãos porque espalha com mais facilidade, não evapora tão facilmente, além de geralmente conter substância hidratante que evita o ressecamento. E pele ressecada está mais propensa a microfissuras, que facilitam a entrada de microrganismos.
Além de observar textura e concentração, verifique as informações no rótulo na hora da compra e desconfie de embalagens que não trazem as especificações do produto. E nada de se arriscar em receitas caseiras que ensinam como fazer álcool em gel a partir da substância líquida em alta concentração. Além do risco de incêndio, queimaduras de grau elevado e irritação na pele, os especialistas advertem que, dependendo dos ingredientes usados, em vez de eliminar, a fórmula pode potencializar a proliferação de microrganismos. E atenção! Ao contrário do que muitos pensam, álcool em gel é inflamável sim! Mas como a queima é mais controlada e a evaporação mais lenta, a chama é menos intensa, às vezes até imperceptível. Mas, ainda assim, provoca queimaduras. Por isso, mantenha os produtos longe de fontes de calor. E, quando higienizar as mãos, espere a substância secar completamente antes de acender a chama do fogão ou o isqueiro. A dica é: sempre que possível, prefira lavar as mãos com água e sabão. Tá Explicado?
Fonte: Jovem Pan