O Dê a mão para o futuro – reciclagem, trabalho e renda (DAMF), programa de logística reversa coordenado pela Abihpec, associação do setor cosmético, conseguiu recuperar, em 2020, 121 mil toneladas de materiais recicláveis. O projeto envolveu 147 cooperativas, distribuídas em 104 municípios de 20 estados brasileiros e do Distrito Federal, e beneficiou cerca de 5 mil catadores.
Idealizado e coordenado há 15 anos pela associação, o DAMF é realizado em parceria com a Abimapi – Associação Brasileira de Biscoitos, Massas Alimentícias e Bolos Industrializados e Abipla, associação do setor de limpeza.
De acordo com Rose Hernandes, coordenadora do programa e diretora de Meio Ambiente da Abihpec, o Dê a Mão para o Futuro contou de 2013 a 2020 com investimentos de mais de R$ 81 milhões e ultrapassou a marca de 655 mil toneladas de materiais recicláveis recuperados por intermédio de seu sistema de logística reversa, além de atender a sete objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
O programa proporciona estruturação, com fornecimento de equipamentos, incluindo caminhões e melhoria de infraestrutura às cooperativas, além de suporte técnico, administrativo e assessoria. Em 2020, em função das restrições impostas pela Covid-19, os cerca de 5 mil catadores ainda puderam contar com um auxílio emergencial de R$ 600, totalizando um aporte de R$ 3 milhões.
“As cooperativas de catadores (as) de materiais recicláveis foram o elo da cadeia produtiva dentro do contexto da gestão de resíduos sólidos e do Sistema de Logística Reversa que mais rapidamente sofreu os efeitos econômicos da pandemia”, salienta Rose.
Metodologia assertiva e auditada
Desde 2019, as empresas aderentes ao Programa alimentam, obrigatoriamente em uma plataforma online (Sindidados), as quantidades de embalagens colocadas no mercado no ano base anterior. As informações estão sujeitas a auditoria independente, o que garante alinhamento com as práticas de governança exigidas pelo mercado.
O programa registra, ainda, a eficiência do trabalho das cooperativas que fornecem os dados referentes à comercialização dos materiais recicláveis e realizam o upload das notas fiscais via um sistema desenvolvido para essa finalidade, os quais passam por um processo de validação, tanto de conteúdo (material, unidades), quanto de exclusividade para evitar colidências (duplicidade de contagem dos resultados de recuperação de materiais).
Fonte: REVISTA H&H