Antecedendo a cúpula da zona do euro, hoje, em Bruxelas, Brasil, Índia e África do Sul divulgaram um comunicado, em Davos, manifestando preocupação com a “fraca e instável” situação econômica em vários países e regiões. Assinalam que essa situação traz sérios desafios para a política econômica e perspectivas de crescimento dos países em desenvolvimento. Nesse contexto, enfatizam a necessidade de maior coordenação de políticas para assegurar um crescimento equilibrado da economia mundial. O texto, assinado pelos ministros das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, e os ministros de comercio da Índia, Anand Shamar, e da África do Sul, Rob Davies, diz que os três emergentes estão “fazendo sua parte” para promover o crescimento, enquanto mantêm estabilidade econômica e programas de desenvolvimento social. No atual cenário da economia mundial, Brasil, Índia e África do Sul apontam a importância de se resistir a crescentes tendências protecionistas, “incluindo desvalorização competitiva e medidas regulatórias que ocultam seus reais fins protecionistas”. Deixam claro que os países em desenvolvimento não vão abrir mão das medidas de proteção “consistentes com as regras da Organização Mundial do Comércio” para alcançar seus objetivos de crescimento e estabilidade. Os três emergentes chamam atenção também que distorções causadas “por altos níveis de proteção na forma de subsídios e tarifas agrícolas” em países desenvolvidos continuam a afetar nações em desenvolvimento, especialmente as mais pobres. Os ministros manifestaram “profunda decepção” com o atual impasse na Rodada Doha, na OMC. E alertam que acordos separados, as chamadas iniciativas plurilaterais, vão contra os “os princípios de transparência, inclusão e multilateralismo”. (Fonte: Valor Econômico)