ABIHPEC promove segundo webinar sobre Métodos Alternativos ao uso de animais para a indústria de HPPC

ABIHPEC promove segundo webinar sobre Métodos Alternativos ao uso de animais para a indústria de HPPC

Evento faz parte da agenda de promoção de métodos alternativos da entidade 

A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos – ABIHPEC promoveu na última sexta-feira, 23 de junho, webinar aberto ao público sobre Métodos Alternativos ao uso de animais para indústria de HPPC. Ariadne Morais, diretora de Assuntos Técnicos e Regulatórios da ABIHPEC, abriu o evento ressaltando que no Brasil, o setor de HPPC não realiza testes em animais em produtos acabados há mais de uma década. “A indústria vem evoluindo suas metodologias, o que nos coloca na vanguarda mundial da inovação”.

Katia De Angelis, coordenadora do Concea – Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal, órgão pertencente ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, foi a primeira palestrante do webinar e falou sobre Métodos Alternativos na visão do órgão. Katia explicou sobre a função da organização, que tem como escopo, a formulação de normas e critérios para a utilização de animais em experimentação científica para quaisquer finalidades..

“O Concea reconhece o método alternativo validado e com aceitação regulatória nacional ou internacional, que passa a ser obrigatório no País a partir das publicações de Resoluções Normativas no Diário Oficial da União, reconhecendo e nominando esses métodos e indicando as fontes. A empresa tem até cinco anos para a observância dos referidos métodos”, explica Katia.

A coordenadora também falou da importância da resolução nº 58, de 24 de fevereiro de 2023, que dispõe sobre a proibição do uso de animais invertebrados, exceto seres humanos em pesquisa científica, desenvolvimento e controle de produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes, que utilizem em suas formulações ingredientes ou compostos com segurança e eficácia já comprovadas cientificamente.

O Dr. Carlos Eduardo Matos, da Altox, tratou de modelos in silico e integração de Adverse Outcomes Pathways (AOPs) na avaliação de ingredientes cosméticos com fins regulatórios. O executivo explicou sobre os métodos de extrapolação e interpolação baseados em similaridade estrutural ou mecanicista, inteligência artificial e algoritmos de machine learning.

“A indústria nacional é muito moderna e já utiliza os modelos  in silico. Com os algoritmos, capazes de detectar padrões de características físico-químicas, estruturais e moleculares que estão relacionadas à positividade ou negatividade, aumento ou diminuição de potência, entre outros, a gente faz predições para novas substâncias tendo estes conjuntos de dados prévios”, analisa Matos.

A terceira palestra foi realizada pelo Dr. Renato Ivan de Ávila, do centro de avaliação global de risco da Unilever, sob o tema: Next Generation Risk Assessment para avaliação de um estudo de caso de avaliação de risco. Ávila falou que “A indústria de cosméticos tem sido um grande exemplo no uso de metodologias alternativas para avaliação de riscos, quanto ao potencial de sensibilização cutânea. Ela tem focado no quesito da exposição, considerando os tipos de produtos que serão lançados no mercado, como um condicionador, que é removido do cabelo logo após a aplicação, quanto um hidratante corporal, que permanece em contato com a pele por mais tempo”.

Ávila também exemplificou metodologias e modelos desenvolvidos pela Unilever “Na Unilever, desenvolvemos o modelo Sara, modelo computacional que integra diferentes informações para se chegar a uma conclusão. Este é um modelo estatístico de probabilidade desenvolvido inicialmente usando um banco de dados de sustâncias, que consegue detectar um ponto de partida na avaliação de risco quantitativa ou qualitativa para detectar se o produto final tem a probabilidade de ocasionar alergia dérmica”.

A Dra. Nathalie Alepee, da Loreal, finalizou o webinar abordando a aplicação da Next Generation Risk Assessment (NGRA) framework for Skin sensibilization to inconsistent new approach methodology information. A executiva apresentou estudos de caso da NGRA conduzidos e publicados nos últimos anos.

Acesse as apresentações dos palestrantes do webinar:

Dra. Katia De Angelis – Métodos Alternativos na visão do CONCEA – Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal

Dr. Carlos Eduardo Matos – Modelos in silico e integração de Adverse Outcomes Pathways (AOPs) na avaliação de ingredientes cosméticos com fins regulatórios

 Dr. Renato Ivan de Ávila – Next Generation Risk Assessment para avaliação de sensibilização dérmica de ingredientes cosméticos, com apresentação de um estudo de caso de avaliação de risco 

Dra. Nathalie Alepee – Applying a Next Generation Risk Assessment (NGRA) framework for Skin Sensitization to inconsistent New Approach Methodology (NAM) information

Sobre a ABIHPEC

A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) é uma entidade privada que tem como finalidade representar nacional e internacionalmente as indústrias de todos os portes desse setor, instaladas em todo país, promovendo e defendendo os seus legítimos interesses, por meio de ações e instrumentos que contribuam para o seu desenvolvimento, buscando fomentar a competitividade, a credibilidade, a ética e a evolução contínua de toda a cadeia produtiva. Mais informações: Link

 

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