Segundo o Ministério do Planejamento, o governo vai fazer esforço extra no ano que vem para cumprir a meta cheia de superávit primário – economia feita pelo setor público para pagamento de juros da dívida – mesmo que estados e municípios não alcancem o objetivo estipulado de R$ 47,8 bilhões. Já a meta do governo central (governo federal, Banco Central e INSS) é de R$ 108,1 bilhões para 2013. “O compromisso do governo com o equilíbrio fiscal implica que, se a estimativa de superávit primário de R$ 47,8 bilhões, equivalente a 0,95% do PIB estimado para o ano, prevista para estados e municípios não se verifique, essa será compensada pelo governo federal de forma a atingir a meta global”, informou em nota o ministério. Para este ano, a meta do primário é de R$ 139,8 bilhões. O governo promete cumprir esse objetivo sem descontar os recursos do PAC e anunciou em fevereiro corte de R$ 55 bilhões no Orçamento deste ano. Dentro do Ministério da Fazenda, o cumprimento da meta cheia é vista como um dos pilares para o BC reduzir a taxa básica de juros, hoje em 9,75%. O Copom reúne-se na próxima semana e a expectativa do mercado é que a Selic seja cortada em 0,75 ponto percentual e assim permanecer até o fim do ano. O governo, ainda pela LDO do próximo ano, também manteve as estimativas para o IPCA de 2012 e de 2013 em 4,7% e 4,5%, respectivamente. No último Relatório de Inflação, o BC previu que o IPCA ficará em 2012 em 4,4% – abaixo do centro da meta oficial de 4,5% – devido à desaceleração da atividade econômica interna e à maior deterioração do cenário global. Para 2013, no entanto, a autoridade monetária piorou sua estimativa, que subiu de 4,7% para 5,2%. Na LDO de 2013, o governo reduziu a previsão para o salário mínimo de R$ 676,35 para R$ 667,75 agora. Para 2014, ficou em R$ 729,20 e 2015, em R$ 803,93. Hoje, o mínimo está em R$ 622 ao mês. A LDO, a ser votada pelo Congresso, estabelece os parâmetros para o governo montar seu Orçamento. (Fonte: Brasil Econômico)