A demora na aprovação, pelo Congresso, da suplementação de verbas para o Programa de Financiamento às Exportações (Proex), principal instrumento financeiro de apoio a exportações de manufaturados e serviços, vem provocando preocupação entre exportadores. O governo, no entanto, garante que, até este mês, não houve recusa de recursos oficiais a nenhum projeto de exportação e que espera aprovar, até o início do recesso parlamentar, a suplementação necessária, já em discussão na Comissão Mista de Orçamento. O limitado orçamento fixado no início deste ano, quase 70% inferior à demanda prevista pelos técnicos, já está comprometido, mas os novos pedidos de financiamento ao Proex seguem sob análise. O governo, segundo o Ministério da Fazenda, está verificando se pode liberar e remanejar verbas do Proex destinadas a projetos de exportação que não se concretizaram. Até junho, 25 empresas foram assistidas pelo Proex-Equalização neste ano, 70% da média das empresas apoiadas nos últimos três anos. As 14 mil operações de exportação realizadas com o Proex-Equalização no primeiro semestre são equivalentes a pouco mais da metade do total do ano passado. “Nenhum exportador ficou sem desembolso do Proex por falta de recursos, todas as operações que entraram com pedido até hoje, para embarque até o fim de julho, têm desembolso aprovado”, disse o diretor de assuntos internacionais do Banco do Brasil, Admilson Monteiro Garcia. No primeiro semestre, o Proex-Financiamento desembolsou US$ 231,11 milhões. Garcia avalia que, de janeiro a junho, foram apoiadas pelo Proex operações de exportação no valor de US$ 2,15 bilhões, quase 40% a mais que no mesmo período de 2011, somadas as linhas aprovadas para financiamento e para equalização (que cobrem a diferença de juros do financiamento ao fornecedor no exterior e as taxas brasileiras). O vice-presidente-executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, confirma a regularidade dos desembolsos. “O esgotamento dos recursos do orçamento, entretanto, preocupa, e tem perturbado o planejamento dos exportadores”, ressalva. O orçamento previsto para este ano já era menor do que o necessário para atender às operações aprovadas em 2011, diz Castro. (Fonte: Valor Econômico) Veja a notícia completa no site da AEB