O Brasil ainda tem muitos desafios a enfrentar para resolver os problemas de saúde bucal da população. Mas nas últimas décadas ocorreram avanços importantes, que refletiram o trabalho de diversas instituições, incluindo governos, indústria de produtos para a higiene bucal e associações do setor de odontologia. Um dos dados positivos foi a redução do número de cáries em crianças. Desde 2010, o Brasil passou a figurar entre os países que apresentam baixa incidência de cáries na faixa etária dos 12 anos, segundo critério da Organização Mundial da Saúde. Os dados do Brasil foram obtidos por meio da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde.
O governo teve participação nesse resultado, por meio de iniciativas como o programa Brasil Sorridente, que conta com 24.175 equipes de Saúde Bucal (grupos de profissionais da área odontológica que realizam o acompanhamento da população desde a prevenção até o tratamento clínico) em 4.978 municípios.
De acordo com Amélia Mamede, diretora de Promoção de Saúde da ABO (Associação Brasileira de Odontologia) Nacional, embora o país tenha avançado em relação às políticas públicas de saúde bucal, existem também ações privadas que merecem atenção: “Programas de voluntariados aumentam a cada dia e a divulgação dos lançamentos de novos produtos de higiene levam informações preventivas para a população através dos meios de comunicação”, diz.
Assim, a indústria de higiene pessoal teve um papel fundamental na redução dos problemas dentários no Brasil. Produtos eficientes, de boa qualidade e com constante inovação trazem melhores resultados na prevenção de cáries e outras doenças. “Temos um creme dental capaz de neutralizar os ácidos do açúcar na placa bacteriana, que são a causa número 1 da cárie, reduzindo o dano inicial quase pela metade e em até 20% o aparecimento de novas lesões”, diz Rodrigo Rúbio, gerente de marketing de Relações Acadêmicas da marca Colgate. Rúbio também destaca os produtos de múltipla ação, que conseguem combater vários problemas como tártaro, desmineralização dental, mau hálito, cárie, entre outros, ao mesmo tempo.
Iniciativa solidária
As empresas do setor de higiene oral buscam melhorar o cenário da saúde no país por meio de projetos sociais. Um exemplo é o programa “Sorriso Saudável, Futuro Brilhante”, da Colgate, que promove a educação para saúde bucal e higiene das mãos de crianças e adolescentes, além de conscientizar sobre o uso racional da água. “Isso é feito por meio de ações e bate-papos entre os profissionais, escolas e comunidades. Ao final das ações, todos recebem kits com escova, creme dental, cartilhas, entre outros itens para levar para casa e praticar os aprendizados, criando novos hábitos mais saudáveis”, diz Rodrigo. Projetos de aperfeiçoamento profissional, com cursos e palestras para auxiliares e técnicos de saúde bucal também são mantidos pela marca.
Além das iniciativas apontadas, existem projetos de instituições como a própria ABO: “Temos hoje o Programa Um Sorriso do Tamanho do Brasil, que leva a promoção da saúde oral para todo o Brasil. Por meio desse programa, que acontece desde 2015, já distribuímos mais de 50 mil kits de escovação, realizamos palestras de promoção de saúde e conscientização, fizemos aplicação de flúor e encaminhamento para tratamentos”, conta Amélia.
Crescimento saudável
Com tantos incentivos e projetos de educação da população sobre a importância da higiene bucal, seja pela iniciativa privada como pelos programas públicos, o Brasil tem demonstrado aumento no consumo de produtos desse setor. Nos últimos dez anos, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), as vendas desse setor cresceram, em média, mais de 5% ao ano. Isso faz com que o país ocupe o terceiro lugar entre as nações que mais consomem produtos de higiene oral, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da China.
Fonte: Estadão/ABIHPEC