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A Indústria Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) iniciou 2014 com expectativa de uma performance superior a de 2013. O setor é um dos que mais cresce historicamente e de maior investimento em inovação. O crescimento nos últimos 18 anos acima da inflação foi perto de 10% ao ano, tendo passado de um faturamento “Ex-factory”, líquido de impostos sobre vendas, de R$ 4,9 bilhões em 1996 para R$38 bilhões em 2013. Em 2013, apesar do crescimento de 4,9%, menor do que o apresentado nos últimos anos, ainda assim foi superior ao crescimento do PIB de 2,3% e 4 vezes maior ao da Indústria de Manufatura de 1,2%. Alguns fatores prejudicaram o avanço em 2013, dentre eles, o atraso no registro de produtos junto à ANVISA e a desvalorização do real, que provocou um impacto no custo dos produtos. Pela primeira vez nos últimos anos, o aumento de preços dos produtos de HPPC ultrapassou a inflação geral, 6,6% em HPPC versus 5,9%. O ano de 2013 fechou com 2.426 empresas atuantes no setor versus 2.313 em 2012, com Autorização de Funcionamento da ANVISA, das quais cerca de 2.000 são de pequeno porte, optantes pelo Simples Nacional. Apesar de 81,5% destas empresas estarem concentradas nas Regiões Sul e Sudeste, as demais regiões vem apresentando crescimento superior desde 2004. A região Norte, com 46 empresas, apresentou crescimento de 77%; a Centro Oeste, com 171 empresas, cresceu no período 163% com destaque para o Estado de Goiás, com 138 empresas, e crescimento de 171%; o Nordeste, com 250 empresas, cresceu 169% com destaque para a Bahia, com 68 empresas, e crescimento de 386%. No mesmo período, a região Sudeste cresceu em 56% e a Sul 69%. O Brasil manteve em 2013 o título de terceiro maior mercado consumidor do mundo. A venda de produtos de HPPC no pais somou US$ 43 bilhões nesse ano, a preço praticado no varejo, conforme dados do Instituto Euromonitor. O Brasil participa com 9% no consumo mundial de HPPC e com 54% na América Latina. Somos também o primeiro mercado consumidor em desodorante e fragrâncias; o segundo em banho, cabelos, depilatórios, infantis, masculino e proteção solar; o terceiro em maquilagem e higiene oral; e o quinto em pele. Destaque para duas categorias de produtos, desodorante e condicionadores de cabelo, ambos com cerca de 22% de participação no consumo mundial. A Indústria de HPPC é o segundo setor em investimento em inovação como percentual sobre o faturamento, ficando atrás apenas do setor farmacêutico. A inovação no mercado de HPPC é de suma importância para manter ou aumentar o “share” de mercado, sem a qual é muito provável a perda de posição. Anualmente são lançados cerda de 35 mil produtos novos. Em 2013, o setor gerou 5,6 milhões de oportunidades de trabalho, cerca de 80% preenchidas pelo gênero feminino. Destaque para consultoria na venda direta com 4,1 milhões e 1,2 milhões nos salões de beleza. Até 2009, com superávit de US$ 169 milhões, a balança comercial de produtos de HPPC foi positiva. Com a valorização do real a partir de 2010, o déficit atingiu US$ 412 milhões em 2013, US$ 1.195 milhões importado e US$ 783 milhões exportado. A expectativa para 2014 é de redução no déficit dada a recente desvalorização do real. |
