Em julho, horas trabalhadas na produção avançaram 2,6%, diz entidade.
Mesmo assim, entidade diz que quadro da indústria é de ‘desaquecimento’.
Alexandro Martello
Após cair quatro meses seguidos, a atividade industrial se recuperou em julho e registrou aumento de 2,6%, segundo números divulgados nesta quinta-feira (4) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Trata-se da maior alta das horas trabalhadas na produção neste ano. Em junho, a atividade industrial havia recuado 4,2% (dado revisado).
“Deve-se atribuir parte do crescimento desses indicadores ao menor número de dias úteis afetados pela Copa do Mundo em julho na comparação com junho. Mesmo com o crescimento das horas trabalhadas na produção, do faturamento e do uso do parque fabril, o quadro da indústria ainda é de desaquecimento”, avaliou a CNI.
Na comparação com o ano passado, porém, o indicador ainda é negativo. De acordo com a CNI, houve uma queda de 2,3% em relação ao apurado em julho de 2013. Já nos sete primeiros meses deste ano, houve uma queda também de 2,3%.
A entidade informou ainda que o faturamento da indústria avançou 1,2% em julho deste ano e 1,7% na parcial dos sete primeiros meses de 2014. Ao mesmo tempo, o emprego industrial registrou retração de 0,2% em julho. Foi o quinto mês seguido de queda do indicador. Na parcial do ano, porém, houve uma alta de 0,7% no emprego industrial.
De acordo com números da Confederação Nacional da Indústria, a massa salarial do setor registrou retração de 0,2% em julho deste ano, mas teve aumento de 3,2% no acumulado dos sete primeiros meses deste ano. Já o nível de uso do parque fabril da indústria avançou 0,6 ponto percentual no mês de julho, para 81% – o maior patamar desde março deste ano (81,1%).
Fonte: G1/Globo