Novo diretor-geral vê tratamento de países emergentes como desafio. A menos de um mês de assumir como novo diretor geral da OMC, Roberto Azevêdo afirmou ontem que o problema do câmbio é sério, mas não será solucionado pela OMC. A questão, segundo ele, deve ser tratada no âmbito de chefes de Estado. – Não vamos nos iludir achando que vamos encontrar um mecanismo de correção de ajuste cambial a curto prazo ou a médio prazo na OMC nem nos organismos multilaterais – disse, ao participar de evento na Firjan, em parceria com a Amcham Rio. Na sua avaliação, o principal obstáculo hoje para as negociações da Rodada de Doha é que os países emergentes passaram a ser tratados como “pares” pelos desenvolvidos, ou seja, a percepção é de que não há razão para ajuda ou tratamento diferenciado na OMC. Roberto Azevêdo se mostrou otimista com a próxima reunião da OMC, em Bali, na Indonésia, que pode ser um sinal positivo para retomar as negociações da Rodada de Doha, sem avanços desde 2008. (Fonte: O Globo)