Superávit ocorre em cenário de recuperação econômica dos principais parceiros comerciais do país.
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 9,291 bilhões em maio, valor recorde para o mês, informou o Ministério da Economia nesta terça-feira (1º).
O superávit veio um pouco acima do estimado em pesquisa da Reuters com economistas, que apontava para saldo positivo de 9,177 bilhões de dólares para o período.
No mês passado, as exportações somaram US$ 26,948 bilhões, um salto de 46,5% pela média diária em comparação ao mesmo período do ano passado.
O valor exportado também corresponde a recorde absoluto para o mês de maio, de acordo com Herlon Brandão, subsecretário de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior do Ministério da Economia.
Em coletiva de imprensa virtual, ele afirmou que a exportação em maio foi impulsionada pelas três diferentes categorias de produto —agropecuária, indústria extrativa e indústria de transformação—, em meio a um cenário de recuperação econômica dos principais parceiros comerciais do país, como China, Estados Unidos e Argentina.
Já as importações foram de US$ 17,657 bilhões, aumentando 57,4% no período. Brandão pontuou que houve também um crescimento de todas as categorias de bens importados, com destaque para a indústria de transformação, com avanço de 56,5%, e da indústria extrativa (+107,5%).
Segundo o subsecretário, com uma performance acima do esperado das importações nos meses recentes, é possível que o superávit projetado pelo governo para a balança comercial ao fim de 2021 reduza-se na próxima revisão trimestral, a ser realizada em julho.
“Como está se aquecendo a importação, é possível sim que a previsão, o resultado do superávit para o ano, diminua”, destacou. O governo projeta superávit comercial recorde para 2021, a US$ 89,4 bilhões.
Já no acumulado do ano, a balança comercial registra superávit de US$ 27,529 bilhões, ante 15,793 bilhões de dólares em igual período em 2020.
Em maio do ano passado, a balança registrou superávit comercial de US$ 6,838 bilhões.
Fonte: Folha de São Paulo