O setor público registrou, em fevereiro, superávit de R$ 9,514 bilhões em suas contas primárias, conjunto que exclui juros e outras despesas financeiras. O resultado do esforço fiscal superou o de fevereiro do ano passado, quando União, Estados, Municípios e empresas estatais economizaram, juntos, R$ 7,913 bilhões para cobrir juros da dívida pública. Trata-se do melhor resultado para o mês de fevereiro desde o início da série, em 2001. O Governo Central registrou superávit de R$ 5,3 bilhões; os governos regionais, superávit de R$ 5,1 bilhões; e as empresas estatais, déficit de R$ 872 milhões. Medido em 12 meses, o superávit primário alcançou R$ 138,579 bilhões no período encerrado em fevereiro, o equivalente a 3,33% do valor monetariamente corrigido do PIB estimado pelo Banco Central. Houve aumento em relação ao período encerrado em janeiro, ao longo do qual o setor público acumulou uma diferença de R$ 136,978 bilhões entre receitas e despesas primárias, ou 3,3% do PIB. Já em relação a janeiro (R$ 26,016 bilhões), o superávit primário mensal caiu. Mas janeiro é sazonalmente um mês de maior contenção de despesas pelos governos. No bimestre, o resultado primário das contas públicas foi positivo em R$ 35,53 bilhões, ante R$ 25,661 bilhões em igual período do ano passado. Até o fim do ano, o superávit precisa atingir pelo menos R$ 139,8 bilhões, meta estabelecida pelo governo central para o conjunto do setor público. Isso representa aumento sobre o montante efetivamente observado em 2011, que chegou a R$ 128,7 bilhões. (Fonte: Valor Econômico)