A pesquisa aponta que é o País que produziu o maior número de assinaturas em campanhas em prol da biodiversidade e natureza no mundo – 14% do total
O mais amplo e atual retrato do ativismo digital em escala global acaba de ser divulgado pela Economist Intelligence Unit (EIU). Realizado a pedido do WWF, ele englobou 54 países com 27 idiomas, onde vivem 80% da população mundial, cobrindo um período de cinco anos (2016-2020).
Os resultados mostram um aumento impressionante de 71% em pesquisas na internet por produtos sustentáveis, com crescimento contínuo, mesmo durante a pandemia da Covid-19.
Intitulado “Um Ecodespertar: Medindo a consciência global, engajamento e ação pela natureza”, o relatório revela um aumento substancial nos cliques dos consumidores atrás de produtos sustentáveis em países de alta renda, como Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha, Austrália e Canadá.
Porém, a tendência vai além dessas economias: na verdade, também se acelerou nas economias em desenvolvimento e emergentes como, por exemplo, Indonésia (24%) e Equador (120%).
Tendência e oportunidades
A busca por produtos sustentáveis é uma tendência global de consumo.
Isso, por sua vez, está criando novas oportunidades de mercado para as empresas.
Principalmente nos setores de cosméticos, farmacêutico, moda e alimentos.
Sobre o Brasil, por exemplo, a pesquisa aponta que é o país que produziu o maior número de assinaturas em campanhas em prol da biodiversidade e natureza no mundo – 14% do total, ou 23 milhões de assinaturas online.
Os tuítes relacionados aumentaram, então, 82% no período e o volume de notícias aumentou 60%.
Notícias específicas sobre protestos contra a destruição da natureza atingiram o pico em 2019.
Esses números revelam que as pessoas estão mudando materialmente seu comportamento em apoio à causa ambiental.
Essa mudança afeta retornos historicamente altos em algumas áreas, enquanto abre oportunidades de milhões de dólares em outras.
O valor da natureza por meio dos serviços que fornece à economia global é estimado em US$44 trilhões – mais da metade do PIB global .
E o setor financeiro tem um papel crítico a desempenhar na mudança dos fluxos financeiros de atividades insustentáveis e na criação de uma economia global “natureza-positiva”.
As empresas e instituições financeiras estão cada vez mais reconhecendo os riscos associados à perda de natureza e a colocando, assim, no centro de suas estratégias.
Pessoas em todo o mundo, particularmente em mercados emergentes, estão, então, cada vez mais cientes da crise planetária.
E isso está afetando seu comportamento em um clima global em rápido crescimento que o WWF apelidou de “despertar ecológico”.
Em uma validação clara de uma tendência crescente, indivíduos e consumidores preocupados estão, dessa maneira, agindo de acordo com suas preocupações.30
E também exigindo ações sobre a perda da natureza e a biodiversidade de várias maneiras.
Fonte: Guia da Farmácia