“O segundo melhor desempenho registrado desde 1989” foi assim que o Ministério da Economia descreveu o saldo da balança comercial brasileira em 2018. De acordo com o órgão, a diferença entre as exportações(US$ 239,5 bilhões) e as importações (US$ 181,2 bilhões), durante o último ano, foi de US$ 58,3 bilhões. Este resultado positivo é reflexo do crescimento em valor monetário tanto das exportações como dasimportações, visto que houve aumento de volumes embarcados (4,1%) e alta do preço (5,1%), somadas tanto a entrada quanto a saída de produtos atingiram o total de US$ 420,7 bilhões, US$ 52 bilhões acima do resultado registrado em 2017, um recorde nos últimos cinco anos.
Em relação aos produtos que foram exportados, os básicos, aqueles comercializados em seu estado natural, tiveram uma alta de 17,2%, totalizando US$ 118,9 bilhões. Os manufaturados, produtos que passam porindustrialização e tem maior valor agregado, apresentaram um crescimento de 7,4%, e somaram US$ 86,6 bilhões. Já os semimanufaturados, comercializados antes da forma final de consumo, foram na contramão das outras categorias e tiveram uma queda na comparação com o ano anterior (3,1%), registrando US$ 30,6 bilhões.
Em relação as importações, também houve crescimento no volume (13,5%) e custo dos artigos (5,7%). Setores econômicos tidos relevantes como os de bens de capital (US$ 28,6 bilhões, +76,5%); bens intermediários (US$ 104,9 bilhões, +11,6%); bens de consumo (US$ 25,5 bilhões, +9,1%); e combustíveis e lubrificantes (US$ 22,0 bilhões, +24,9%) tiveram aumento nas importações durante 2018.
Os grandes compradores dos produtos brasileiros, China, União Europeia e Estados Unidos, intensificaram ainda mais os seus pedidos durante o último ano. Somente as transações com a China renderam US$ 66,6 bilhões (alta de 32,2% na comparação com 2017). Logo após as exportações para países europeus atingiram a marca dos US$ 42,1 bilhões (mais 20,1%) e em terceiro lugar, os norte-americanos pagaram US$ 28,8 bilhões (mais 6,6%) por artigos brasileiros.
Os países exportadores também são os que mais enviam artigos para o Brasil. De acordo com os dados apresentados pelo Ministério da Economia, as compras de produtos chineses chegaram aos US$ 35,5 bilhões, um crescimento de 26,6% na comparação com 2017. Dos países europeus, as importações somaram US$ 34,8 bilhões (mais 7,9%). Com um crescimento de 16,1%, as importações dos Estados Unidos atingiram a marca de US$ 28,9 bilhões. Outro país que teve forte representatividade nas aquisições brasileiras durante 2018 foi a Argentina, com uma alta de alta de 16,7% na comparação anual, um total de US$ 11,1 bilhões.
De acordo com a Asia Shipping , maior integradora logística latino-americana, 2018 foi um ano de crescimento para o comércio exterior brasileiro e as expectativas para 2019 são boas. “Temos um mercado em crescimento e em renovação para esse ano, assim as empresas estão mais confiantes na ampliação e expansão dos seus negócios. É um momento adequado para investir e fechar parcerias fortes que irão aumentar o potencial do seu produto”, explica.
Fonte: Exame