Estudos apontam que utilizar filtro solar regularmente diminui em 50% o risco do tipo mais grave de câncer
Falar sobre o estímulo aos cuidados e prevenção do câncer de pele ganhou força no Brasil nos últimos anos com a campanha ‘Dezembro Laranja’, iniciativa da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Diante das mudanças climáticas e elevadas temperaturas, a ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) reafirma a necessidade do uso de protetor solar, que deveria se tornar um hábito dina sociedade em geral.
De acordo com pesquisa da International Organization for Standardization (ISO), utilizar protetor solar regularmente na infância e na adolescência reduz em 78% a incidência de alguns tipos de câncer na vida adulta, enquanto o uso regular ao longo da vida diminui em 50% o risco do tipo mais grave de câncer, o melanoma.
Membro do Conselho Científico-Tecnológico na Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) e coordenador dos eventos de fotoproteção da entidade, Sergio Oliveira ratifica que o Brasil “é um país com altíssima exposição anual ao sol”, com os índices de radiação ultravioleta (R-UV) mantendo-se elevados em maioria dos dias do ano. Embora o Nordeste tenha mais disponibilidade de R-UV, curiosamente é no Sudeste, durante o verão, que são observados os recordes de radiação ultravioleta.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa de novos casos de câncer de pele foi de 165 mil. Estimam-se 85.170 casos novos de câncer de pele não melanoma entre homens e 80.410 nas mulheres para cada ano do biênio 2018-2019. Quanto ao melanoma, tipo mais perigoso de câncer de pele, responsável pelas maiores taxas de óbito por câncer entre jovens adultos, ainda que sua letalidade seja elevada, sua incidência é baixa (2.920 casos novos em homens e 3.340 casos novos em mulheres).
A maioria desses casos poderia ser evitada com medidas simples de prevenção. No entanto, as estimativas do INCA e da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) mostram que os brasileiros não se previnem adequadamente da doença. O estudo aponta que nenhum dos brasileiros se protege de forma completa (evitando o sol das 10h às 16h, usando chapéu, óculos, protetor solar, sombrinha ou guarda-sol) e somente 23% usam o protetor solar diariamente, corroborando com dados anteriores que apontavam que 67% não percebem a relevância do uso do protetor solar.
Texturas mais leves
Muitas fórmulas foram repaginadas e ganharam toque seco e leve, quase imperceptível sobre a pele. A maior parte da população brasileira sofre com oleosidade excessiva, que se acentua com o calor. Nesse caso, mais uma boa notícia.
Durabilidade
A recomendação geral é que o filtro solar seja reaplicado a cada duas horas. No entanto, hoje existem protetores com maior poder de fixação e que podem manter a pele protegida por até 4 horas.
Contra o envelhecimento
O protetor solar, por si só, já pode ser definido como um produto anti-idade, uma vez que mantém a pele a salvo da radiação que causa o envelhecimento precoce. No entanto, existem inovações que potencializam o efeito de fonte da juventude, como o óleo de buriti, usado junto a filtros solares devido à sua alta concentração em betacaroteno – antioxidante poderoso, e a proteção dos raios infravermelhos e ultravioleta nos filtros solares.