Evento realizado pela ABIHPEC, em 28 de agosto, tem manhã de discussões sobre regulação e tendências esperadas para o setor de HPPC
Representantes, especialistas e autoridades do setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC) se reuniram na manhã desta segunda feira (28), em São Paulo, para discutir os desafios e tendências deste mercado, um dos mais importantes para a manutenção da saúde e bem-estar do brasileiro, durante seminário promovido pela ABIHPEC – Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos.
O evento, que começou com uma discussão centrada na tributação, seguiu com um painel sobre inovação e o desafio de regulação do setor. Segundo o diretor presidente da MC15 Consultoria, Nelson Marangoni, profissional que esteve à frente do instituto IBOPE por mais de 10 anos, “a inovação é essencial para o mercado, inovar é preciso em função das características do mercado, mas também por causa das transformações dos consumidores”. Nelson destacou, ainda, a participação das mulheres nesse contexto, as mudanças nas relações entre sexualidade e gênero, o envelhecimento da população e quais são os impactos no consumo e no universo das marcas.
Tendências futuras também foram temas de diálogo no seminário. A executiva de marketing LATAM da WGSN, Nina Giglio, apresentou alguns dos principais movimentos globais de mudança no mercado de bem-estar, que hoje é três vezes maior que o mercado farmacêutico. “Vivemos na era da ansiedade com o Brasil liderando o ranking dos países mais ansiosos do mundo segundo a OMS, vemos aí uma oportunidade para este mercado, onde pessoas estão querendo focar e investir em bem-estar próprio” explica Nina. De acordo com a executiva, até 2019 a transparência, integridade e honestidade virarão pilares da indústria de cuidados pessoais. “Os produtos precisarão ser verdadeiros para as marcas e marcas verdadeiras para seus consumidores. Em 2019, veremos termos como autocuidado e amor próprio tornarem-se cada vez mais importante e consumidores cada vez mais em contato com suas emoções e sentimentos”, completou.
Para que uma inovação aconteça, além de capacidade produtiva da indústria e uma sociedade preparada para o consumo, é necessário também que os órgãos reguladores estejam aptos a recebê-los. E para aprofundar este aspecto, o painel contou com os nomes de João Tavares Neto, gerente de cosméticos da ANVISA; Ariadne Morais, representante da Indústria de HPPC; Gonzalo Vecina Neto, docente da USP e Cleber Barros, especialista em Cosmetologia, que trouxeram um olhar técnico sobre o tema.