Métodos alternativos para testes cosméticos garantem segurança e eficácia de produtos

Métodos alternativos para testes cosméticos garantem segurança e eficácia de produtos

Webinar “Métodos Alternativos: Como Testes In Vitro ajudam a prevenir problemas e proteger consumidor de cosméticos” realizando pela ABIHPEC, em parceria com ANVISA, reuniu especialistas no tema

Atualmente, existem diversos métodos de ensaio em laboratório que substituem completamente o uso de animais em testes cosméticos. Estruturas de tecido 3D semelhantes à córnea humana e simulações da epiderme já são alternativas amplamente estudadas e aplicadas pela indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC). O assunto foi discutido em 27 de abril, em webinar promovido pela Associação Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos – ABIHPEC, em parceria com Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA e renomados professores que são referências no Brasil e internacionalmente e que atuam fomentando o desenvolvimento de métodos alternativos.

Rodrigo José Viana Ottoni, gerente-executivo de Cosméticos e Saneantes (GHCOS) da ANVISA, afirmou que os métodos alternativos são capazes de fornecer com segurança dados de eficácia dos produtos com mais rapidez e tende a reduzir custos. “Além da consciência ética, os testes alternativos nos oferecem robustez científica por terem condições experimentais altamente controladas, reproduzíveis e com resultados quantificáveis”, ressaltou.

“É preciso lembrar que o setor de HPPC não realiza testes em animais em produtos acabados há mais de uma década. A indústria vem evoluindo suas metodologias, o que nos coloca na vanguarda mundial da inovação”, afirmou João Carlos Basilio, presidente-executivo da ABIHPEC.

O webinar destacou a importância da avaliação de segurança dos cosméticos, que tem por base a segurança de seus ingredientes, e por sua vez, pode ser testada em in vitro (processo biológico controlado fora dos sistemas vivos).

Drª Izabel Villela, Bióloga, Mestre e Doutora em Biologia Celular e Molecular, toxicologista com mais de 400 projetos desenvolvidos junto às indústrias dos setores farmacêutico, produtos para saúde, agroquímicos, cosmético e saneantes. trouxe o histórico e contexto regulatório sobre a avaliação de segurança sem o uso de animais.

O método in vitro já possui aceitação regulatória no país, reconhecido pela ANVISA, e caminha, cada vez mais, para o refinamento, redução e a substituição completa de animais em experimentações.

Drª Simone Fanan, Química com Mestrado em Bioquímica, atuando há mais de 30 anos em P&D e em testes in vitro de eficácia e segurança de substâncias químicas. palestrou sobre as abordagens estratégicas para avaliação e testes para lesão ocular grave e irritação ocular, conforme a OECD Nº263 e pontuou sobre a definição e diferenças sobre lesão ocular grave e irritação ocular, identificação de substâncias químicas que levam a lesão ocular grave e irritação ocular.

Na sequência, Drª Marize Valadares, coordenadora de subárea de Métodos Alternativos da Associação Latino-Americana de Toxicologia Ambiental, Experimental e de Nanomateriais AstoxiLatin (2022-2024), membro titular da Câmara Técnica de Cosméticos da ANVISA e membro da International Collaboration for Cosmetic Regulation (ICCR), abordou a OECD 437, tratando especialmente sobre a aplicação do teste de opacidade e permeabilidade em córnea bovina (BCOP) e de que forma esta metodologia pode ser utilizada na avaliação dos produtos.

Tivemos a participação internacional da Drª Nathalie Alepee, da L´Oreal França, que possui cerca de 20 anos de experiência na liderança de grupos de toxicologia investigativa, além de ser membro do Centro Europeu de Validação de Métodos Alternativos (EURL-ECVAM). Sua palestra abordou a metodologia OECD 492/492b: que trata da avaliação de risco ocular utilizando Córnea Humana Reconstituída (HCE).

Para finalizar, Dr. Rodrigo De Vecchi, farmacêutico, Mestre em Farmacologia e Doutor em Genética e Biologia Molecular, atual CEO da EPISKIN Brasil trouxe o panorama de utilizada da metodologia OECD 439 – Teste de irritação cutânea utilizando Epiderme Humana Reconstruída (RHE).“Com objetivo de estimular os empresários e a indústria de HPPC em relação aos métodos alternativos disponíveis no mercado, ao longo de 2023 promoveremos uma série de eventos sobre o tema. A primeira edição foi um sucesso e acredito que repetiremos esse êxito nos próximos encontros”, diz Ariadne Morais, diretora de Assuntos Técnicos e Regulatórios da ABIHPEC.

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