Setor de HPPC cresceu próximo a 10% no primeiro semestre de 2022 e sinaliza bons negócios durante a feira in-cosmetics Latin America

Setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos cresceu próximo a 10% no primeiro semestre de 2022 e sinaliza bons negócios durante a feira in-cosmetics Latin America

Dados do Painel Dados de Mercado da ABIHPEC mostram desempenho positivo em todos os segmentos do setor, impulsionado pela aceleração das atividades econômicas e do consumo. Resultados chegam em momento de expectativas favoráveis de negócios, com a feira in-cosmetics Latin America, que reúne em São Paulo, fabricantes de ingredientes de HPPC de mais de 20 países nos próximos dias 21 e 22 de setembro

 

O setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos registrou crescimento próximo de 10% nas vendas ex-factory no primeiro semestre de 2022, em relação ao mesmo período de 2021. O dado foi apurado no Painel Dados de Mercado da ABIHPEC – ferramenta exclusiva e criada pela Associação Brasileira da Industria de HPPC que acompanha o desempenho do mercado em mais de 100 categorias de produtos. A ferramenta é alimentada por suas associadas que juntas representam mais de 80% (participação do mercado em valor de vendas) do mercado de HPPC no Brasil.

A performance do setor é reflexo do desempenho positivo das vendas ex-factory registrado em todos os segmentos que compõem o mercado de HPPC.

Os fatores responsáveis pelo desempenho do setor no semestre são a somatória do retorno cada vez mais sólido dos brasileiros à rotina de compras, aos efeitos da recomposição gradual das margens dos produtos que fazem parte da cesta de cuidados pessoais. O potencial de consumo também é favorecido pela desaceleração do desemprego que vem reduzindo e pela circulação de recursos adicionais na economia, com a concessão de novas parcelas do Auxílio Brasil.

No segmento de Higiene Pessoal, as vendas ex-factory no primeiro semestre tiveram aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano passado, com destaque para o aumento do consumo das categorias de sabonetes e higiene oral, reflexo da intensificação dos hábitos de higiene do brasileiro. O segmento de cosméticos apresentou um crescimento expressivo superior a 10% em vendas ex-factory e com desempenho positivo em todas as categorias de produtos.

O maior destaque foi para a categoria de maquiagem como um todo (isso inclui maquiagem para unhas, boca, rosto, olhos e multifuncional), que cresceu 20% nas vendas ex-factory no período, em comparação ao 1º semestre de 2021. As vendas dessa categoria haviam diminuído com o uso de máscaras de proteção facial, mas o fim da exigência tem feito com que muitos consumidores voltem a realizar compras de reposição de produtos que utilizavam antes da pandemia e impulsionados pelas novidades no mercado.

“Estes resultados positivos chegam em um momento extremamente importante para toda a indústria de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosméticos, com a realização da feira in-cosmetics, um grande evento para toda a América Latina. Mostra uma retomada, depois de anos muito desafiadores em consequência da pandemia. Um grande reencontro que possibilita novas conexões entre fornecedores e fabricantes, movimentando negócios internacionalmente. Uma excelente oportunidade também para dar voz à questão das mudanças climáticas, tema de nosso workshop durante o evento, de grande interesse à toda nossa cadeia produtiva”, comenta João Carlos Basílio, presidente-executivo da ABIHPEC.

Para Daniel Zanetti, diretor da in-cosmetics Latin America, depois de dois anos sem realizar a feira, o evento torna-se um grande marco da retomada do setor pós-pandemia. “Neste cenário positivo, a in-cosmetics promove a conexão estratégica entre mais de 150 empresas fornecedoras de matérias-primas e as marcas que produzem cosméticos e buscam as inovações necessárias para suas próximas criações, gerando excelentes oportunidades de negócios ainda neste ano e ajudando a impulsionar ainda mais o setor. O evento também colabora com outros pontos importantes para o desenvolvimento da indústria, como a apresentação de novas tecnologias e tendências e o compartilhamento de conhecimento com especialistas e pesquisadores”, comemora Zanetti.

A ABIHPEC, apoiadora institucional da in-cosmetics Latin America, realizará o já tradicional Workshop INOVAÇÃO ABIHPEC, com o tema “Mudanças Climáticas e Sustentabilidade em um Mundo em Transformação”, que contará com a participação de cientistas e especialistas de renome, que trarão questões importantes sobre o impacto das mudanças climáticas nos produtos cosméticos, suas formulações, embalagens, novas apresentações, além da adoção de práticas cada vez mais sustentáveis.

Mais sobre resultados do semestre – No segmento de Perfumaria, o crescimento foi de pouco mais de 16% em vendas ex-factory. O segmento foi impactado pelo aumento dos preços, mas as empresas passaram a buscar novas alternativas para manter seus consumidores e atrair novos compradores. Um dos recursos adotados tem sido investir em mais opções de apresentação, com variações do mesmo produto em tamanhos diferentes, por exemplo.  Esse movimento da indústria permite atender a consumidores com diferentes possibilidades de desembolso, mantendo o acesso aos produtos pelos brasileiros

O segmento de Tissue cresceu quase 15% em vendas ex-factory no primeiro semestre de 2022, comparado a 2021. A categoria de papel higiênico foi a protagonista desse desempenho positivo.

Auxílio emergencial traz otimismo – A nova injeção de recursos na economia com a volta da concessão de benefícios como o Auxílio Brasil contribui para a aceleração do consumo no varejo, principalmente entre as famílias de renda mais baixa. O auxílio emergencial, ainda que com valores mais baixos no primeiro semestre, totaliza uma injeção da ordem de R$22,3 bi na economia no período, segundo Portal da Transparência.

No dia 30 de junho, o governo conseguiu aprovar no senado a PEC Emergencial, que prevê mais R$ 41,25 bilhões de recursos até o fim do ano, mostrando boas perspectivas de consumo para o setor com mais recursos circulando na economia. Desse total, estão previstos R$ 26 bilhões para o Auxílio Brasil (e do vale-gás de cozinha (R$ 1,05 bilhão); para a criação de auxílios aos caminhoneiros e taxistas (R$ 5,4 bilhões e R$ 2 bilhões respectivamente); para financiar a gratuidade de transporte coletivo para idosos (R$ 2,5 bilhões) e para compensar os estados que concederem créditos de ICMS para produtores e distribuidores de etanol, R$ 3,8 bilhões. (Fonte: Folha de São Paulo).

Redução do desemprego – Outro indicador favorável à atividade econômica nesse período é o índice de desemprego, em queda nos dois primeiros trimestres de 2022, o que sinaliza um aumento do grupo de consumidores que volta a ter um pouco mais de recursos na hora de ir às compras.  Depois do índice se mostrar estável no primeiro trimestre de 2022, em 11,1%, caiu para 9,3% no segundo trimestre, de acordo com o IBGE. A combinação desses fatores favorece ainda o consumo de produtos com maior valor agregado, permitindo que os consumidores tenham um leque maior de escolhas ao optar por desembolsar mais depois de restringir o consumo por causa do orçamento mais apertado.

IPCA do setor – A pandemia reforçou a importância dos hábitos de higiene e a essencialidade dos produtos de HPPC na manutenção da saúde e promoção do bem-estar.

Com isso em mente, o setor de HPPC trabalhou muito nos últimos dois anos (2020 e 2021), para segurar o repasse do aumento dos custos para os preços finais de seus produtos, compreendendo as consequências da pandemia no cenário econômico e no bolso do consumidor brasileiro, esse foi um esforço grande para manter ao máximo o acesso da população aos produtos do setor, tão essenciais para o dia a dia. Em 2021, o setor fechou o ano com inflação média, 7 pontos percentuais abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que foi 10,1%. Até julho de 2022, seguiu abaixo do IPCA, com 8,5% contra 10,1%, nos últimos 12 meses.  Em agosto, foi a primeira vez em que o índice acumulado dos últimos 12 meses (IPCA), do setor, que fechou em 11,9%, ficando acima da média inflacionária geral 8,7%.

“Isso ocorreu por conta da necessidade dos fabricantes, de recomposição das margens, já que o setor não estava repassando os custos há algum tempo. Os resultados de 2020 foram impactados pela pandemia, no ano passado (2021) os reajustes ficaram abaixo da inflação geral e o que se vê agora é resultado desse movimento de recomposição das margens”, comenta Basílio.

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