Workshop de Pele traz tendências para a indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos

Na última sexta-feira (8) aconteceu o 2º Workshop de Pele promovido pelo ITEHPEC, área de inovação e tecnologia da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC). Nessa edição, as palestras seguiram o tema “Avanços e Tendências em Claims para Skin Care”.

O workshop trouxe aos participantes, profissionais de diversas empresas da indústria de HPPC, assuntos como cuidados com as unhas, estética íntima, procedimentos estéticos, além de tendências como a presença da nanotecnologia e de mecanismos antipoluição nos produtos.

Flávia Addor, coordenadora do evento e conselheira do ITEHPEC, destacou a importância da participação das marcas para o aprimoramento do setor. “As pautas trazidas ao Workshop foram selecionadas para que sejam inovadoras e inspirem novos produtos e tendências no mercado brasileiro voltado para pele.”

O Brasil representa hoje o 8º maior mercado mundial de produtos para pele e, segundo Marina Kobayashi, gerente de inovação da ABIHPEC, essa categoria tem um grande potencial de crescimento. “Para atrair o consumidor, é necessário apresentar benefícios do produto capazes de conquistá-lo em meio a tantos outros produtos. Os claims variam de acordo com a dinâmica do mercado e dos consumidores. A proposta do workshop foi despertar a indústria para explorar esse tema como forma de alavancar os negócios dessa categoria”.

Entre os destaques abordados no evento, estão duas tendências bem fortes para produtos para a pele. A primeira delas é voltada às pesquisas de ingredientes antipoluição. O assunto é cada vez mais relevante, visto que 80% da população mundial vive em áreas com índice de poluição superior ao recomendado pela OMS. “Alguns dos efeitos da poluição observados na pele são as manchas, rugas profundas, flacidez e telangiectasias, que são aqueles pequenos vasos sanguíneos que causam linhas vermelhas na pele”, apontou Mariana Yamamoto, que palestrou sobre o assunto e é do Marketing de Skin Care na Chemyunion.

Outra tendência está no uso da nanotecnologia. “Além de chamar a atenção como claim nas embalagens, pode trazer benefícios reais aos consumidores e às marcas se os investimentos estiverem direcionados por um propósito. É um investimento que gera retorno”, explicou Carlos Praes, presidente do Conselho Científico-Tecnológico do ITEHPEC. Apesar de parecer algo futurista, a nanotecnologia já é uma realidade. “Já é acessível. Em pouco tempo, 80% das pessoas que consomem cosméticos já estarão utilizando produtos com nanotecnologia”, garante.

Além disso, Rossana Vasconcelos, médica dermatologista na Nomina Clínica Médica, chamou a atenção para os possíveis benefícios e cuidados necessários para a utilização de produtos cosméticos aliados a procedimentos estéticos. “Se usados com recomendação correta, cosméticos podem preparar a pele pré-procedimento e reparar a barreira cutânea pós-procedimento”.

 

Lançamento do Guia ITEHPEC de Eficácia

Em meio às palestras, foi lançado o Guia de Eficácia em Produtos Cosméticos e Ingredientes, desenvolvido pelo Comitê ITEHPEC de Inovação em Avaliação de Eficácia. O Guia é uma base para esclarecer e orientar a avaliação da eficácia de produtos e ingredientes dessa indústria. “Temos a necessidade de uma comprovação adequada da eficácia para três instâncias de demandas: a regulatória, a comercial e a do consumidor. E essa comprovação precisa ser ágil, racional e irrefutável. O guia tem como objetivo clarear princípios para avaliação de eficácia dos produtos do setor e para isso trazemos nesse projeto as premissas básicas para se fazer uma boa comprovação e a maior parte delas é atemporal”, explica Flavia Addor.

O projeto para a elaboração do Guia visa garantir que a indústria tenha processos cada vez mais ágeis e efetivos para proporcionar ao consumidor produtos que de fato cumpram o que propõem. Entre os principais tópicos abordados no guia estão os princípios para reivindicações ou alegações de produtos cosméticos, premissas de qualificação do fornecedor ou executor de teste de eficácia e abordagens de comprovação de eficácia.

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