O dólar opera em firme alta no mercado doméstico nesta segunda-feira, 27, alinhado à valorização externa ante divisas rivais e emergentes ligadas a commodities, em meio à aversão ao risco generalizada dado o alastramento rápido do coronavírus na China e para outros 14 países no fim de semana – e diante das dúvidas sobre o impacto da epidemia na economia mundial.
Subiu para 2.835 o número de casos de pessoas infectadas pelo coronavírus na China, segundo a TV estatal do país. O número de mortes permanece em 81 na China. Além disso, há casos confirmados da doença em outros 14 países, incluindo EUA, França e Japão.
No radar da semana estão ainda a decisão de juros do Federal Reserve, nesta quarta-feira, 29, e a divulgação da primeira estimativa para o PIB dos Estados Unidos no 4º trimestre e no consolidado de 20, na quinta-feira (30).
No mercado doméstico, o investidor está monitorando agora os dados do setor externo e, no começo da tarde, acompanhará os números da balança comercial (15h). No caso dos dados sobre transações correntes, o déficit somou US$ 5,691 bi em dezembro e US$ 50,762 bilhões em 2019. No caso do investimento direto no país (IDP), somou US$ 9,434 bilhões em dezembro e US$ 78,559 bilhões em 2019.
Às 9h27 desta segunda, o dólar à vista subia 0,51%, a R$ 4,2059. O dólar futuro para fevereiro avançava 0,55%, a R$ 4,2070.
Na pesquisa Focus, divulgada mais cedo, as projeção dos economistas para o IPCA de 2020 caíram de 3,56% para 3,47%, assim como a estimativa atualizada nos últimos 5 dias úteis passou de 3,50% para 3,45%.
Para a Selic no fim deste ano, a estimativa também caiu de 4,50% ao ano para 4,25%; a alta do PIB de 2020 esperada permanece em 2,31%; o câmbio projetado para o fim de 2020 passou de R$ 4,05 para R$ 4,10; e o superávit comercial em 2020 esperado diminuiu de US$ 37,40 bilhões para US$ 37,22 bilhões.
Também nesta manhã, a FGV divulgou que o Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 1,3 ponto na passagem de dezembro para janeiro, para 98,1 pontos. Segundo a FGV, a melhora na confiança neste início do ano de 2020 é puxada pelo avanço das expectativas, que voltaram a subir depois de um período de espera dos empresários no final do ano passado.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,32% na terceira quadrissemana de janeiro, desacelerando em relação ao acréscimo de 0,41% observado na segunda quadrissemana deste mês, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
Fonte: DINHEIRO