Em 2013, os maiores prejuízos vêm de mercados emergentes

A estratégia de investimento vencedora em 2013 é simples, mas extrema: voltar para casa, para a segurança dos maiores e mais movimentados mercados, ou se aventurar pelas fronteiras de maior risco, como a Costa do Marfim e o Paquistão. Aqueles que estão no meio da curva de risco – os principais mercados emergentes que hoje respondem por quase metade das 20 maiores economias mundiais – têm sido os grandes perdedores. Sinas contrastantes podem prenunciar o início de um ajuste mais amplo dos preços dos ativos das grandes economias emergentes, em que um grande volume de dinheiro barato oriundo de países desenvolvidos acabou provocando distorções. O risco – que dominou os mercados financeiros globais nos últimos anos – vem tendo um papel menor na definição do desempenho deste ano. Ações de países desenvolvidos e de “frontier markets”, que se encontram nos extremos do espectro de risco, vêm tendo melhor desempenho que ações de mercados emergentes. Mas a chave disso pode estar em duas formas diferentes de liquidez.

Os mercados emergentes receberam estimados US$ 4,2 trilhões em liquidez global, injetada por instituições como o Fed dos Estados Unidos e o Banco do Japão desde 2009, o que distorceu o prêmio que os investidores pagam para manter ativos de mercados emergentes. Como muitos investidores correram para o mundo em desenvolvimento, os rendimentos ficaram tão comprimidos a ponto de esses ativos serem encarados quase como substitutos de um mercado desenvolvido. No entanto, a liquidez caracterizada pela facilidade e rapidez com que é possível negociar um ativo tem permanecido inferior à dos mercados avançados, provocando movimentações explosivas toda vez que há uma onda de saída do mercado. Os investidores nos “frontier markets” são gestores especializados que aceitam a natureza ilíquida, têm horizonte de longo prazo e não fazem mudanças de alocações rápidas em razão dos acontecimentos globais. Isso torna os ativos desses mercados menos correlacionados com os demais. “Os mercados emergentes estavam reagindo ao fluxo global e esse fluxo não depende dos fundamentos. (Veja a matéria no site – Fonte: Valor Econômico)


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