Em alta, Bolsa brasileira ronda os 49 mil pontos; dólar cai para R$ 2,217

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, registra alta nesta terça-feira (23) com investidores aproveitando o dia para comprar ações que estão “baratas” no mercado brasileiro e em meio ao clima neutro no exterior, com os mercados internacionais oscilando perto da estabilidade.

Às 13h36 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava avanço de 0,91% a 49.018 pontos. Mais cedo, o índice chegou a subir mais de 1%, ultrapassando a marca de 49 mil pontos. A última vez que o Ibovespa fechou acima desse nível foi em 18 de junho deste ano, quando ficou em 49.464 pontos.

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No câmbio, o dólar à vista –referência para as negociações no mercado financeiro– registrava queda de 0,56% às 13h36, cotado em R$ 2,217 na venda. No mesmo horário, o dólar comercial –utilizado no comércio exterior– caía 0,71%, para R$ 2,218.

“O governo da China garantiu que vai manter crescimento de pelo menos 7% neste ano. É nosso principal parceiro comercial e isso impulsiona as grandes empresas exportadoras na Bolsa hoje, uma vez que isso eleva as perspectivas de crescimento de lucro dessas companhias”, diz Elad Revi, analista-chefe da Spinelli Corretora.

Às 13h36, os papéis mais negociados da mineradora Vale, que representam mais de 8% do Ibovespa, subiam 1,33% para R$ 28,83. A China é o principal comprador do minério de ferro produzido pela empresa brasileira.

As perspectivas positivas para a divulgação do número de empregos criados no Brasil em junho, segundo Revi, também impulsionam o ganho da Bolsa brasileira hoje. “Os dados serão divulgados nesta tarde e devem mostrar que o enfraquecimento econômico não é tão agressivo quanto muitos pensavam. Projetamos criação de 97 mil postos no mês passado, contra 78 mil criados no mês anterior”, avalia.

Os papéis do grupo EBX, de Eike Batista, lideravam as maiores altas do Ibovespa às 13h32, com MMX (mineração) subindo 12,08%, OGX (petróleo) avançando 5,66% e LLX (logística) com ganho de 5,43%.

Em sentido oposto, os papéis preferenciais (mais negociados e sem direito a voto) da operadora de telefonia móvel Oi caíam 4,58% às 13h33, para R$ 4,38. Essas ações subiram quase 30% nos últimos três dias e, segundo analistas, a queda de hoje é uma correção natural.

“Não houve nenhum fator específico que tenha motivado o avanço expressivo da ação da Oi nos últimos dias. São papéis que caem fortemente no ano, cerca de 40%, e por isso devem ter ficado baratos aos olhos dos investidores”, afirma Hamilton Alves, estrategista do BB Investimentos.

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