Emprego na indústria recua 3,2% em 2014, pior queda desde 2009



O emprego na indústria caiu 3,2% em 2014, apontou na manhã desta terça-feira (10) a Pesquisa Industrial Mensal de Empregos e Salários, do IBGE.

O desempenho de 2014 foi o pior registrado desde 2009, quando, motivado pela crise internacional, o emprego na indústria recuou 5%.

O resultado do ano passado reforça movimento difícil pelo qual passa o setor no país. Na comparação mensal, dezembro interrompeu oito meses de quedas, mas teve crescimento tímido, de 0,4% em relação a novembro.

O emprego na industria verificado em dezembro de 2014 em relação a igual período do ano anterior apresentou queda de 4%.

A redução da quantidade de postos de trabalho na indústria também foi acompanhada de uma redução do número de horas pagas aos trabalhadores.

Na comparação de dezembro com novembro, houve queda de 0,1%. Na comparação de dezembro com igual período do ano anterior, a queda foi de 5,3%. No ano, a queda acumulada é de 3,9% em relação a 2013.

A situação também se deteriorou no indicador que mede o aumento real– que desconta a inflação do período– na folha de pagamento da indústria.

Na passagem de novembro para dezembro, o indicador subiu 1,9%. Nas outras duas bases de comparação, contudo, houve quedas. Em dezembro frente a igual período do ano anterior, o recuo foi de 3,9%. No acumulado de 2014, a queda foi de 1,1% frente a 2013.

SÃO PAULO PUXA QUEDA

O principal impacto sob o resultado geral veio de São Paulo, que teve queda de 4,3% na quantidade absoluta de vagas. Por ser o maior parque industrial do país, São Paulo puxou o indicador para baixo.

Houve, na realidade, uma queda generalizada nos índices de emprego na indústria em todos os 14 Estados pesquisados pelo IBGE. O único que teve ligeiro avanço no emprego foi Pernambuco, de 0,1%.

Estados como Rio Grande do Sul (-4,2%), Paraná (- 4,2%), Rio de Janeiro (-4%) e Minas Gerais (-2,8%) tiveram quedas acentuadas.

Em 2014, os únicos setores da indústria em que não houve queda foram os de produtos químicos, com alta de 1,4% e minerais não-metálicos, que subiram 0,7%.

O maior impacto da queda do emprego na indústria veio dos setores de produtos de metal (-7,3%); meios de transporte (-5,4%); máquinas e equipamentos (-5,5%); máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-7,2%).

Também caíram calçados e couro (-8%); vestuário (-3,4%); outros produtos da indústria de transformação (-4,5%); produtos têxteis (-4,4%); refino de petróleo e produção de álcool (-7,5%) e metalurgia básica (-4,1%).

Fonte: Folha


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