A perspectiva de melhora no humor do consumidor e o consequente avanço das vendas têm animado os shoppings. Às vésperas da Black Friday e a chegada do período natalino, os administradores contam com o aumento de 7,7% nas vendas em setembro para sustentar previsão de crescer 6% na soma do ano.
“Os shopping centers sentiram muito os efeitos da recessão no Brasil. Além da maior concorrência com o avanço do número de empreendimentos, o e-commerce e as lojas de rua também tiraram o consumidor de dentro dos malls. Esse deve ser o ano que marcará a relevância desses centros de compra na composição do varejo”, avalia a especialista em varejo e professor da Universidade Paulista, Maria Cristina Leopoldo.
E ainda que as melhores datas para o varejo ainda estejam por vir, a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) apontou que, em setembro, as vendas saltaram 7,7% na comparação anual, avanço que sustentou a perspectiva de um crescimento na casa dos 6% no acumulado deste ano. “O segundo semestre é o mais forte em vendas para o setor. Outros fatores determinantes são a retomada da economia, o aumento do índice de confiança do consumidor e os novos modelos de negócios adotados pelos empreendimentos”, comentou o presidente da entidade, Glauco Humai.
De acordo com ele, outro fator que corrobora com o argumento de retomada da força dos shoppings no processo de compra do brasileiro é que as vendas nas lojas de rua – forte concorrente dos shoppings – cresceu 4,7% em setembro, de acordo com índice de vendas mapeado pela Cielo.
“Comodidade e conveniência são características do setor que influenciam nos resultados, quando comparamos ao comércio de rua. Mesmo em um mês, historicamente, de menor rentabilidade, os empreendimentos elevaram suas receitas acima da média do mercado, o que é fruto de um trabalho intenso de trazer operações inovadoras que surpreendem os clientes e proporcionam uma experiência completa”, diz Humai.
Ele comenta ainda que o tíquete médio dentro dos shoppings ficou em torno de R$ 92,00, ao passo que no comércio de rua foi de R$ 67,20.
No acumulado do ano, de janeiro a setembro, as vendas somam alta de 4,2%, em comparação com o mesmo período de 2017. Na medição regional, duas tiverem um crescimento superior à média nacional: o Sul registrou alta de 8,9% e o Centro-Oeste, de 8,5%. Na sequência, está o Sudeste, com 7,5%, o Nordeste, com 7,2%, e o Norte, com 6,6%.
Entre os segmentos, os que tiveram melhor desempenho foram o de artigos do lar, com crescimento de 18,46%, seguido por telefonia, com 12,27%, e perfumaria, com 11,69%.
Fonte: DCI