No momento em que completa um ano, o Siscoserv agregará informações para que empreendedores brasileiros possam conhecer o que entra na conta de exportações e importações, quem são os maiores importadores e exportadores de serviços, para quais mercados, em que periodicidade, entre outros dados que possibilitarão abrir oportunidades de negócios. Durante o Enaserv 2013, realizado pela Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para debater os avanços obtidos, o secretário de Comércio e Serviços do MDIC, Humberto Ribeiro, disse que as informações estarão disponíveis a partir de julho e de forma estruturada, para que possam se desdobrar em análises.
A meta é que orientem políticas públicas e estratégias das empresas, a fim de contribuir para ações voltadas ao setor, que, hoje, é deficitário. O presidente da AEB, José Augusto de Castro, considera serviço no Brasil uma caixa-preta. “Não sabemos exatamente o que exportamos, para quem e muito menos valores. Com a implantação do Siscoserv, as próprias empresas vão verificar que determinados nichos de mercado estão disponíveis.” A balança do comércio exterior de serviços tem apresentado evolução, mas o déficit está em aproximadamente US$ 40 bilhões. Dados do Banco Central do Brasil apuraram que, em 2011, as exportações totalizaram US$ 36,7 bilhões, enquanto as importações fecharam em US$ 73,1 bilhões. Embora a participação das exportações de serviços em relação ao PIB seja considerada pequena (1,69%), alguns números são interessantes na visão do diretor do Departamento de Políticas de Comércio e Serviços do MDIC, Maurício Lucena do Val, como o comparativo por porte de empresa entre as exportações de serviços e as de mercadorias, pelo que se extrai que as micro e pequenas empresas participam com 11,7% do total das exportações de serviços, enquanto no comércio de bens elas não atingem 1%. (Veja a matéria no site – Fonte: Aduaneiras)