Proteção contra luz visível, radiação infravermelha, DNA da célula, resistência ao suor, aplicação em pele molhada, aplicação em spray, nanotecnologia e hipoalérgicos são os principais pontos de estudo da categoria, afirma Dra. Flavia Addor em seminário da ABIHPEC
Com a aproximação do Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele (29/11), a presidente do Conselho Científico-Tecnológico do Instituto de Tecnologia e Estudos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ITEHPEC), Flávia Addor, sinaliza as oito principais tendências para o desenvolvimento de protetores solares. São eles:
- Proteção contra luz visível
A luz visível é responsável por várias doenças, como o lúpus e alguns tipos de manchas, como a famosa mancha da gravidez. De acordo com a especialista, para bloquear a luz visível não se pode enxergar o outro lado. “Sendo assim, há uma tendência para o protetor com cor, para não deixar que a luz passe”, diz Flávia.
- Proteção contra radiação infravermelha
É a radiação que produz o calor e promove doenças como vermelhidão crônica da pele. O infravermelho colabora com o envelhecimento.
- Proteção do DNA da célula
Um bom protetor vai proteger o DNA da célula. Existem testes in vitro que avaliam o comportamento do protetor para prevenir as mutações que levam ao câncer de pele.
- Resistência a suor
Buscam-se cada vez mais produtos que não escorram e não ardam os olhos. É direcionado principalmente para os esportistas.
- Aplicação em pele molhada
No verão principalmente há uma necessidade de protetor solar aplicável em pessoas que estão constantemente na água, como piscina e mar. Mas é importante que a primeira proteção seja feita em pele seca.
- Aplicação em spray
São produtos que exigem uso de doses mais generosas para garantir a quantidade ideal para proteção.
- Protetor solar para pós-procedimento dermatológico
Embora o filtro solar não tenha ação farmacêutica, existem produtos sendo desenvolvidos com perfil hipoalérgico, que têm perfil de segurança adequado para peles que tiveram alteração da barreira cutânea.
- Nanotecnologia
As nanopartículas têm sido aplicadas para desenvolver filtros solares cada vez mais eficazes e cosmeticamente melhorados, menos espessos, menos oleosos, mais fáceis de espalhar, etc. Isso também resulta em novas experiências sensoriais, como BB Cream, CC Cream, DD Cream e EE Cream, que ainda não são vendidos no Brasil.
De acordo com a especialista, o indivíduo usa normalmente 0,8 a 1 mm por cm² de protetor solar na pele, sendo que o ideal seria 2 mm por cm². “A população está longe de usar a quantidade adequada para a proteção, por isso, proteção solar não é só usar filtro, mas buscar uma relação mais saudável com o sol”, conclui Flávia a especialista do ITEHPEC, instituto ligado à Associação Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC).
O seminário sobre proteção solar da ABIHPEC contou com o apoio institucional dos maiores players de protetor solar no mercado: Aché, Avon, Grupo Boticário, Hypermarcas, Johnson&Johnson, L’Oréal, Natura, Nivea e Valmari.