Por Lucas Marchesini e Bruno Peres BRASÍLIA
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou hoje que as Medidas Provisórias (MPs) que tratam do ajuste fiscal e que estão sendo analisadas pelo Congresso Nacional têm que avançar de forma rápida porque fazem parte das ações para reequilibrar a economia do país. Segundo ele, esta é a terceira etapa do programa de ajuste do governo. As demais, o ajuste dos preços relativos e o contingenciamento de gastos, já foram completadas. Sobre o corte de gastos, Levy reiterou que o objetivo é levar a parte do Orçamento que pode ser controlado pelo Executivo para níveis próximos aos de 2013 e, com isso, acomodar a despesa às projeções. “Essa disciplina fiscal já vinha sendo feita desde o início do ano, com os limites financeiros.
Agora, passamos a ter projeção para o ano.” As declarações foram feitas após reunião de coordenação política no Palácio do Planalto. “Todos os presentes [à reunião] têm um sentimento bastante forte sobre importância da votação no Congresso”, afirmou. Segundo o ministro, as questões sobre Previdência Social foram amplamente discutidas, assim como a MP que reduz o benefício das desonerações para diversos setores produtivos. “Esses são temas indispensáveis”, afirmou. Segundo Levy, a necessidade da mudança nas desonerações já foi entendida pelo setor privado. “Tenho viajado por vários lugares do Brasil e o que temos percebido no setor produtivo, no setor real da economia, é que eles entenderam necessidade do ajuste. O que eu tenho ouvido é que os mais diversos setores se preparam para a redução da desoneração”, afirmou. Ele acrescentou ser evidente “que o governo não tem R$ 25 bilhões de renúncia para dar”. “Eu acho que o tema tem que ser analisado com muito cuidado e relativamente rápido no Congresso”, disse, durante entrevista coletiva da qual também participa o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante.
Fonte: Valor Econômico