As vendas de itens de higiene pessoal, perfumes e cosméticos subiram 5,7% nos primeiros quatro meses de 2021, ante o mesmo período do ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). Os dados são “ex-factory”, ou seja, consideram o faturamento de fábrica, sem adição de impostos sobre vendas.
Embora o resultado seja positivo, o olhar ainda é de cautela. “Mesmo com uma tendência de aceleração da retomada da economia, o crescimento de 8,90% no INPC [Índice Nacional de Preços ao Consumidor] nos últimos 12 meses é preocupante”, afirma João Carlos Basilio, presidente-executivo da Abihpec. A associação cita também o elevado desemprego, que chegou ao patamar de 14,7% em março, segundo o IBGE.
O segmento de perfumaria foi um dos que apresentaram melhor performance, atingindo alta de 22% nas vendas no quadrimestre. Perfumaria feminina teve um crescimento de 26%. Ações promocionais e datas comemorativas, como o Dia das Mães, contribuíram para o salto no consumo.
Já os itens de higiene pessoal fecharam o período com alta de 11,4%, dada a relação deste segmento com a manutenção da saúde e a prevenção de doenças. “Dentre as categorias que tiveram melhor desempenho estão as de produtos relacionados ao banho, hábito reforçado no dia a dia dos brasileiros, por conta da covid-19”, informa a Abihpec.
No primeiro quadrimestre, a categoria de sabonetes obteve uma alta nas vendas de 23%, enquanto a de xampu cresceu 2% e a de condicionador, 1%. Os produtos de tratamento capilar seguiram em crescimento de dois dígitos, avançando 18%. Já os hidratantes corporais avançaram 40%, enquanto os itens para cuidados faciais se mantiveram estáveis, após forte crescimento em 2020.
Fonte: Valor Econômico