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Por Andrea Jubé BOGOTÁ
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), Armando Monteiro Neto, confirmou nesta noite, em entrevista coletiva em Bogotá – onde aterrissou ao lado da presidente Dilma Rousseff para a visita de Estado à Colômbia , os termos do principal acordo de comércio com o país vizinho, que permitirá a redução a zero da tarifa de importação de uma cota de veículos fabricados no Brasil.
Sobre a reunião ministerial que Dilma comandou nesta quinta-feira, Monteiro disse que os aliados têm que mostrar “solidariedade” ao governo e que isso se reflete na economia. “Todos têm que ter, evidentemente, uma posição de solidariedade em relação ao governo”, disse o ministro, que participou da reunião ministerial no Palácio do Planalto. “O compromisso é estabilizar a base de apoio, que é também a condição para estabilizar a economia”.
A presidente Dilma Rousseff desembarcou em Bogotá, na companhia de Armando Monteiro e do chanceler Mauro Vieira, por volta de 23h30 (horário local), e não quis falar com a imprensa, que aguardava no hotel. Coube a Monteiro destacar o esforço brasileiro de aproximação comercial com a Colômbia, que avançou, nos últimos anos, nos tratados de livre comércio com os Estados Unidos, com a União Europeia e os países da costa do Pacífico.
Ele confirmou o acordo para zerar a alíquota de exportação de uma cota de veículos automotivos fabricados no Brasil. “Vamos firmar agora, nessa visita, um acordo automotivo, que inicialmente se dá com o estabelecimento de uma cota, e dentro da cota temos tarifa zero”, adiantou.
O Brasil também tenta antecipar o cronograma do acordo de livre comércio com a Colômbia, que prevê alíquota zero de importação para os produtos brasileiros somente a partir de 2018. “O grande desafio é descongelar o cronograma de desgravação (das alíquotas) que estava congelado, mas a partir do acordo que fizemos (nos setores) têxtil e siderúrgico, vamos antecipar de tal modo que o comércio esteja integralmente desgravado até 2017”.
Monteiro Neto disse que a visita marca um “relançamento da relação do Brasil com a Colômbia”. Segundo o ministro, o desafio é aproximar o Brasil dos países da região do Pacífico na América do Sul. “Em relação ao Chile, já temos comércio desgravado, o desafio agora é acelerar com Peru e a Colômbia, construir essa ponte no interesse dos dois blocos”.
Fonte: Valor
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