No Brasil, avanço bem menor

Apesar do cenário negativo traçado pela OMC para as transações internacionais em 2012, o Brasil deve manter o crescimento do fluxo comercial (soma de importações e exportações) e também o superávit na balança comercial este ano. Em ambos os casos, porém, os avanços devem ser bem menores que em 2011. As projeções para o saldo da balança comercial, por exemplo, vão de US$ 3 bilhões, segundo a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), até US$ 10 bilhões, nas contas Abece – ambas muito distantes do superávit de US$ 29,79 bilhões do ano passado. – Mantida a tendência do primeiro trimestre (as exportações brasileiras cresceram 5,8% sobre o ano passado), a corrente de comércio deve passar de US$ 500 bilhões, o que é muito positivo diante do cenário traçado pela OMC – diz Ramalho, presidente da Abece. Como em 2011 a corrente de comércio somou US$ 480 bilhões, a Abece espera um avanço de 4,2% no fluxo comercial do país este ano. A crise que se arrasta na Europa deve afetar mais os exportadores brasileiros de commodities, do que que os de produtos industrializados. – O crescimento será mais modesto, sim, mas seria ruim se houvesse queda – diz. Elaboradas no fim de 2011, em meio às fortes quedas nos preços das commodities e ao enorme pessimismo que rondava a crise europeia, as projeções da AEB apontam para queda de 7% nas exportações e de 2,5% na corrente de comércio para 2012. Para a Abece, as exportações brasileiras devem ter expansão de 10% este ano, bem menor que os 26,8% de alta em 2011, enquanto as importações avançarão em ritmo semelhante. José Augusto de Castro, presidente da AEB, observa que o cenário hoje está melhor. Os preços da soja, por exemplo, já subiram 25% em relação a dezembro, o que levou os produtores brasileiros antecipar as exportações. O minério de ferro também se recuperou e está num patamar bom. Por isso Castro vê o quadro apresentado pela OMC ontem como excessivamente pessimista. – Não vejo motivo para pessimismo tão grande, porque com tudo que está acontecendo o mundo continua crescendo – diz ele. A AEB só vai revisar suas projeções em julho, mas se fosse hoje o cenário, o comércio exterior brasileiro seria melhor que as traçadas em dezembro, com um superávit de balança entre US$ 10 bilhões e US$ 15 bilhões. (Fonte: O Globo)

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