A Zona do Euro cumpriu uma parte essencial de uma nova estratégia para estabilizar a crise que afeta a região, dando sinal político a um segundo resgate à Grécia até € 130 bilhões. Agora, resta o programa de de crédito a três anos do BCE aos bancos, que ocorre na próxima semana, e depois a decisão de reforçar o fundo de resgate disponível na reunião de líderes de 1º de março. Os termos do acordo grego, finalizado depois de 14 horas de discussão, não convenceram muito os mercados europeus – apesar de já terem descontado o efeito no dia anterior – e ainda deixam muitas dúvidas. Além disso, os € 130 bilhões são ainda apenas indicativos. “O setor público decidirá um montante exato para a sua assistência financeira no princípio de março, depois de ações prévias [da Grécia] serem conhecidas e o resultado da participação dos privados ser conhecida”, diz o acordo. O gregos, numa troca de títulos que será efetuada no dia 12 de março, vão ter de convencer pelo menos 95% dos credores a aceitar um corte de 53,5% do valor de face dos seus títulos e, por outro lado, até ao fim de fevereiro, têm de completar a aprovação no Parlamento de medidas de consolidação ainda por elaborar. A decisão final só pode ser tomada em março, garantindo que a dívida que vence no dia 20 – € 14,4 bilhões – será trocada por novos títulos, evitando assim a insolvência. Para o presidente do Eurogrupo (grupo dos ministros das finanças da Zona do Euro), Jean-Claude Juncker, celebrou um “acordo de grande alcance”, que “vai conduzir a uma redução significativa da dívida” e a um “financiamento público sem precedentes” para “segurar o futuro da Grécia no euro”, disse. (Fonte: Brasil Econômico)
