O país enfrenta um risco considerável advindo do comércio global mais fraco e da crise da dívida na zona do euro. A OCDE pediu que a maior economia da Europa implemente reformas para ajudar a aumentar seu potencial de crescimento, que vem sendo puxado para baixo pelo envelhecimento populacional.O relatório cita diversos riscos de baixa trazidos pela desaceleração global, a deterioração do comércio mundial e a crise de dívida da zona do euro. “Tendo em vista o peso e a importância da economia alemã para a Europa, reformas estruturais de estímulo ao crescimento podem trazer uma importante contribuição para perspectivas de crescimento mais fortes e equilibradas não apenas para a Alemanha, mas também para a zona do euro”. A OCDE projeta um crescimento de 0,4% para o país neste ano, depois do avanço de 3,0% em 2011; para 2013, prevê expansão de 1,9%. “A desaceleração do crescimento da Alemanha deverá vir principalmente da diminuição do investimento e dos gastos com consumo, que podem temporariamente sofrer com efeitos adversos da confiança e da expansão menor do comércio”, disse a OCDE. “No médio prazo, a demanda doméstica deverá fortalecer-se”. As exportações alemãs crescerão 3,4% neste ano, muito menos do que o aumento de 8,2% do ano passado, e 6,6% em 2013. A OCDE elogiou o país pela sua situação financeira e prevê um déficit do setor público de 1,0% do PIB neste ano, igual ao de 2011; em 2013, o déficit deverá recuar para 0,5% do PIB. “A dívida pública aumentou notavelmente com a crise, mas o déficit público é o menor entre os países do G7, em parte por causa do bom desempenho do mercado de trabalho”, aponta o relatório da organização. (Fonte: Valor Econômico)