País cai em rankings globais de competitividade

O aumento de participação dos brasileiros no mercado internacional é provocado por uma série de fatores. Luiz Perlingeiro, consultor sênior da Westchester Financial Group, lembra, por exemplo, que os empresários brasileiros sofrem com uma regulamentação excessiva no País, além do tempo muito grande que se leva para abrir um negócio. Ele também cita a insegurança jurídica e o grande número de tributos pagos no Brasil. Em média, são 85 tributos pagos por empresa, disse.
Além disso, o Brasil vem apresentando uma piora nos rankings de competitividade. O último relatório do Fórum Econômico Mundial – que combina dados estatísticos nacionais e internacionais com os resultados de uma pesquisa de opinião com executivos -, divulgado em setembro do ano passado, mostrou a queda do Brasil da 48.ª para a 56.ª posição entre 148 países.
Em um relatório mais recente, do International Institute for Management Development (IMD) em parceria com a Fundação Dom Cabral, a trajetória se confirma: queda da 51.ª para a 54.ª posição entre 60 países. O País ficou à frente apenas de Eslovênia, Bulgária, Grécia, Argentina, Croácia e Venezuela, a última colocada.
Comércio internacional. No documento de divulgação do relatório, em maio deste ano, o professor da Fundação Dom Cabral, Carlos Arruda, responsável pela coleta e análise dos dados do ranking da IMD e da Fundação Dom Cabral relacionados ao Brasil, explicou que a perda de competitividade foi impactada pelo aumento significativo dos preços e pela baixa participação do Brasil no comércio internacional.
Nesse cenário, o consultor sênior da Westchester Financial Group defende que a internacionalização busca a proteção de ativos em mercados onde a gestão do negócio é mais facilitada.
Perlingeiro ainda ressaltou que a procura por ativos no exterior é normal em tempos difíceis para a economia interna. “Esse movimento se acentuou desde 2008. A crise não foi uma ‘marolinha’. Vários bancos foram à falência no Brasil”, disse.
Do fim de 2007 a 2013, o estoque de ativos brasileiros no exterior praticamente dobrou, de acordo com dados do Banco Central, passando de US$ 196,72 bilhões para US$ 391,75 bilhões. / F.L.


Fonte: Folha de São Paulo

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