O mercado de cosméticos masculinos está em expansão e esse crescimento está associado à mudança de hábito dos homens em relação ao corpo e beleza nos últimos anos. De acordo com a pesquisa Cosmentology em parceria com a Netquest que ouviu mais de mil homens em todo o Brasil, 39% dos entrevistados passaram a se preocupar com beleza e cosméticos, revelando um novo público. Desse número, 8% passaram a se preocupar muito com o tema nos últimos cinco anos, sendo que 27% são antigos adeptos e 18% continuam a se preocupar com o assunto. No mesmo período, 9% declaram que se preocupam ainda mais.
“O culto ao belo e a busca incessante pela juventude dão ao segmento de cosméticos e beleza uma posição aderente ao contexto antropológico atual, alavancando o setor de beleza masculina: 66% dos entrevistados afirmam que “podem me chamar do que for, mas cuidar de mim não me deixa menos homem”, 63% afirmam que cuidar da beleza não é só coisa de mulher e 53% dizem que “sou homem, mas me cuido e não tenho vergonha disso”. O homem atual está mais atento à necessidade de autocuidado, preocupando-se não somente com shampoo e sabonete, mas com outros produtos e fatores ligados à estética,” explica Edmar Bulla, CEO do Grupo Croma.
Segundo o estudo, nos últimos 12 meses os produtos que lideram intenção e uso são perfumes (65%), xampus e condicionadores (63%) e cuidados com a barba (40%), cremes e loções para o corpo (30%). “Identificamos que o público masculino tem um interesse maior em produtos e tratamentos mais simples e direcionados principalmente ao rosto: barba, cabelos, dentes e mãos”, conta Bulla.
A ressignificação das antigas barbearias, atuais barber shops, também movimenta essa mudança, atraindo homens que buscam exclusividade. 40% dos entrevistados afirmaram que já usaram e vão usar produtos para barba nos próximos 12 meses. “Das antigas barbearias, passando pelos salões unissex, o homem se viu carente de um espaço masculino para cuidar de si, o que impulsionou esse tipo de negócio”, afirma Edmar Bulla, CEO do Grupo Croma.
Apesar da preocupação com cuidados básicos, os homens têm investido em linhas alternativas e menos invasivas, já que 80% dos entrevistados rejeitam intervenções estéticas com ou sem cirurgia, maquiagem dermocosmética e bronzeamento. “Produtos multifuncionais que apresentam diversos e evidentes benefícios, como, por exemplo, cremes faciais que hidratam a pele, previnem rugas, oferecem proteção solar, controlam o brilho e fornecem vitaminas à pele, costumam despertar mais o interesse”, explica Bulla.
No próximo período de 12 meses, entre as novidades que pretendem experimentar, estão limpeza de pele (20%), cremes anti-idade (18%), cuidados especiais com o rosto (17%), vitaminas para aplicação na pele (17%), cuidados com dentes (16%) e mãos e pés (16%). “De modo geral, a relação com a beleza aparenta estar mais relacionada à saúde do que ao apelo estético em si. Mas dermocosméticos com funções antipoluição também têm tendência de prosperidade, assim como os para proteção solar, antiestresse e contra a luz azul dos dispositivos eletrônicos”, finaliza o consultor.
Fonte: Monitor Mercantil