Com o objetivo de gerar competências, processos e estrutura para inovar, a ABIHPEC – Associação Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos e o ITEHPEC – Instituto de Tecnologia e Estudos de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, em parceria com ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial e SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, ofereceram consultoria especializada em inovação para um grupo de 20 empresas do setor localizadas no Estado de São Paulo. A primeira fase do projeto piloto, que visa identificar o “grau de inovação” e construir um plano de ação customizado, apresentou bons resultados.
A Inventta +, especialista em gestão da inovação, iniciou o trabalho com diagnóstico do ambiente de inovação dessas companhias e explorou os aspectos de organização, processos, estratégia, cultura e outras dimensões da gestão, que ajudaram a identificar os principais pontos a serem desenvolvidos.
Vera Crósta, especialista em Gestão Estratégica da Inovação Tecnológica pela UNICAMP, acompanhou pessoalmente o trabalho da consultoria e desenvolveu um questionário sobre a fase inicial do projeto, em que identificou a boa receptividade das empresas participantes. Sobre a expectativa quanto ao projeto, 40% responderam ser muito alta e 60% alta; sobre a expectativa inicial x resultado atual do projeto, 60% disseram ser alta, 35% muito alta, enquanto 10% disseram ser média. Sobre o grau de importância para o seu negócio, 75% afirmaram ser muito alta, 20% alta e apenas 5% média.
Das empresas integrantes do projeto, 90% são brasileiras e 10% são de outros países. Quanto ao tempo de mercado, 30% possuem de 20 a 30 anos, 26% de 5 a 10 anos, 15% de 10 a 20 anos, 10% de 30 a 50 anos, 10% acima de 50 anos e apenas 5% tem até 5 anos. O negócio principal é a produção de produtos de HPPC com 65%, sendo que15% são de insumos; 15% prestadoras de serviço e 5% terceiristas de HPPC. Com relação ao conceito de inovação, 85% afirmou que ampliou e 15% não se alterou; já 95% disse ter agregado novos conhecimentos de inovação, enquanto apenas 5% disseram que não.
Para os participantes, o diagnóstico estava em sintonia com as necessidades que a empresa tem: 75% disseram ser muito alta e 25% alta. Segundo Vera, a primeira etapa do projeto trouxe luz para as empresas sobre inovação e conhecimento que elas não tinham. “Muitas utilizaram o material desenvolvido com o diagnóstico e já se reestruturaram com o que aprenderam nessa fase inicial. A maioria das companhias estão sentindo o andamento do plano de ação e seus resultados positivos”, finalizou a especialista.
Comentários das empresas participantes do projeto
“Gostamos muito do trabalho que a Inventta fez. Estamos na expectativa que o projeto ajude a melhorar a comunicação com os consumidores, que surjam ideias e novos caminhos para trabalhar”.
“Foi importante entender o que é inovação, pois ninguém na empresa trata inovação como urgente. Somos cobrados por inovação e não sabíamos o que era e ninguém faz. O projeto tirou uma foto nossa e isso foi bom”.
“O projeto trouxe para a empresa a oportunidade e elementos para uma reflexão que não estávamos acostumados. Isso foi muito bom”.
“A metodologia usada foi muito legal. Todos que participaram gostaram muito e queremos replicá-las na empresa”.
“Estamos gostando do projeto, pois ampliou a forma de pensar da empresa em todos os seus aspectos e nos deu direcionamento mais profissional de gestão na empresa”.
“Até o momento o projeto atendeu e superou as nossas expectativas. O projeto colocou uma sementinha de inovação e envolveu a empresa”.
“A dinâmica conseguiu refletir bastante e nossa necessidade e produziu uma ‘foto’ da empresa com caminhos para os próximos passos. Conseguimos perceber aonde estão as nossas maiores dores”.