Queda no emprego na indústria se agrava em maio



O fechamento de vagas de trabalho na indústria se agravou em maio.

No mês, o emprego na indústria recuou 0,7% frente ao mês anterior, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (11).

Em abril, a queda havia sido de 0,4%.

Na comparação com maio de 2013, a queda é ainda mais forte, de 2,6%. Trata-se do 32° resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação.

Foi ainda a perda mais intensa desde novembro de 2009 (-3,7%).

A retração acumulada nos cinco primeiros meses de 2014 é de 2,2%.

O índice acumulado nos últimos 12 meses manteve tendência de declínio iniciada em setembro de 2013 (quando a produção começou a patinar) e recuou 1,7% em maio.

RENDA

A folha de pagamento dos trabalhadores da indústria subiu 1,9% no período. Em abril, o indicador havia tido uma alta menor: 0,5%.

A folha foi “turbinada” pela alta de 34,3% diante de pelo pagamento de participação nos lucros e resultados em importante empresa do setor, segundo o IBGE.

Apesar de ainda em alta diante da falta de mão de obra qualificada em alguns ramos e da concorrência de pessoal com o setor de serviços, a renda já não cresce com o mesmo vigor.

Em relação a maio de 2013, a folha de pagamento teve expansão de 1,4%, quinto resultado positivo consecutivo nesse tipo de confronto. No primeiro trimestre, porém, a alta havia sido maior: 2,1%.

Nos cinco primeiros meses de 2014, o renda acumula alta de 1,7%. Já em 12 meses, houve desaceleração frente aos meses anteriores, somando expansão de 0,9%.

PRODUÇÃO

O emprego segue o fraco desempenho da indústria neste ano.

A produção fabril caiu pelo terceiro mês seguido em maio, quando a queda foi de 0,6% frente a abril.

O setor acumulada uma perda de 1,6% neste ano e analistas –que esperavam uma leve reação neste ano– já estimam uma queda da produção no ano na faixa de 1%.

Se confirmado, será o segundo ano consecutivo de contração da indústria no país. Em 2013, o tombo foi de 2%.

Dentre os entraves, estão a competição com importados, a freada do consumo doméstico –que se mostrada cada vez mais acentuada–, a desaceleração do mercado de trabalho, juros maiores e crédito caro e restrito, tanto para consumidores quanto para empresas.

Outro fator que afeta a indústria é o fraco otimismo de empresários, que travaram seus investimentos e contratação de pessoal.

Fonte: Folha

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