Número de registros deste ano é cinco vezes maior na comparação com a verificada em 2018
A alta incidência dos casos de dengue em todo o Brasil mais uma vez chama a atenção das autoridades e da população para a necessidade de intensificar as iniciativas de prevenção e combate à transmissão da doença. Atenta a isso, a ABIHPEC – Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos acredita na união de esforços para conscientizar a população em relação ao uso de repelentes como uma das maneiras de evitar a contaminação pelo vírus e diminuir a proliferação de mosquitos contaminados.
Somente neste ano, foram registrados mais de 675 mil casos prováveis de dengue, segundo o Ministério da Saúde. Em 2018, o número era de 134 mil no mesmo período. De acordo com o levantamento da pasta, o número deixa duas em cada 10 cidades brasileiras sob o risco de surto da doença.
Apesar de não haver vacina contra o vírus, é importante destacar que há outras formas efetivas de diminuir o risco de sua transmissão, como o uso de repelentes. Atualmente são mais de 600 itens registrados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e que possuem eficácia comprovada.
“Este é um caso sério de saúde pública e que ainda não tem nem vacina. As formas de se prevenir é acabar com o mosquito ou se proteger dele, e o uso de repelentes é eficaz nesse sentido”, afirma João Carlos Basilio, presidente-executivo da ABIHPEC.
Segundo Paolo Zanotto, virologista e professor de microbiologia do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, o mosquito da dengue e outros insetos que se alimentam de sangue humano, sentem-se especialmente atraídos pelo nosso suor e outros cheiros corporais. Os repelentes atuam nesse mecanismo e desorientam os insetos, que acabam não encontrando alvos para transmissão do vírus.
“Além de apostar no desenvolvimento de produtos cada vez mais eficientes contra os mosquitos, nosso setor tem trabalhado junto ao governo pela redução de impostos para fazer com que itens como este, e outros essenciais para a saúde da população que nossa indústria desenvolve, estejam cada vez mais acessíveis a todas as classes sociais”, explica Basilio.